quinta-feira, 18 de junho de 2015

Queijos artesanais agregam valor com Indicação Geográfica



 
 
 Mapa já concedeu registro às regiões do Serro e da Canastra,
 em Minas Gerais, e desenvolve ações para habilitar outras áreas
 
 
 
Brasília (18/6/2015) - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(Mapa) está trabalhando para ampliar as regiões produtoras de queijos artesanais 
com registro de Indicação Geográfica (IG). O Mapa identificou 18 áreas de produção
de queijos artesanais de leite cru no Brasil, com maturação menor que 60 dias,
que podem receber a IG, desde que preencham os requisitos higiênico-sanitários.
 Duas delas – a do Serro e a da Canastra, ambas em Minas Gerais – já têm 
o registro de Indicação Geográfica. O IG agrega valor ao produto, o que 
possibilita ao setor aumentar a geração de renda e de emprego.
Segundo a Coordenação de Incentivo à Indicação Geográfica de Produtos 
Agropecuários da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo
 (CIG/SDC) do Mapa, o registro de Indicação Geográfica é um reconhecimento 
da notoriedade, reputação, valor intrínseco e identidade do produto, além 
de proteger seu nome geográfico e distingui-lo de similares disponíveis no mercado. 
Além do Serro e a da Canastra – regiões que já têm o IG concedido pelo Mapa 
– outras áreas produtoras já são reconhecidas pelo mercado consumidor 
pela qualidade e tipicidade de sua produção de queijos artesanais. Entre
 elas, o Cerrado Mineiro, a Serra do Salitre e Araxá, também em Minas, o Arquipélago
do Marajó (PA), o Agreste Pernambucano (PE), o Seridó (RN), a região Serrana 
(RS e SC) e a região do Jaguaribe (CE).
As produções desses queijos envolvem grande quantidade de pequenos e médios 
produtores, que desempenham um importante papel social e econômico. Como 
grande parte da produção ainda é informal e não possui registro de Indicação
 Geográfica ou marca coletiva, o Ministério da Agricultura vem trabalhando
 para promover o desenvolvimento nessas regiões e o consequente 
reconhecimento dos produtos.
Para isso, consultores – contratados pela SDC, em parceria com o Instituto 
Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) - já visitaram 
essas oito áreas, levantando informações sobre as regiões e os 
queijos produzidos e identificando os agentes da cadeia produtiva
 (fornecedores de insumos/serviços, produtores, processadores e 
distribuidores), técnicos, governança local, secretarias de turismo 
e academia. Também promovem   eventos para sensibilizar as 
comunidades locais e demais envolvidos na cadeia produtiva de queijos artesanais.
Seridó Potiguar
No Rio Grande do Norte, por exemplo, foram realizados eventos de 
sensibilização para atores ligados à cadeia dos queijos artesanais da 
região do Seridó Potiguar. Um deles foi o Seminário de IG, organizado 
pela Superintendência Federal de Agricultura do Rio Grande do Norte (SFA-RN),
 com apoio do Sebrae, Emater, Adese e RN Sustentável, em abril deste ano. 
Participaram do seminário cerca de 50 pessoas, entre pequenos e médios 
produtores de queijo, sindicalistas, representantes de federações (de trabalhadores 
e patronal), gestores municipais e estaduais e técnicos com atuação municipal e 
regional.
Os participantes puderam conhecer um pouco mais sobre a Indicação Geográfica
 e os técnicos identificaram a demanda por ações objetivas e diretas para a
 legislação estadual e por estudos sobre o processo tecnológico de produção
do queijo tipo manteiga, a fim de garantir a inocuidade do produto ofertado 
à população.
O que é?
O registro de Indicação Geográfica (IG) é atribuído a produtos ou 
serviços que são característicos de um determinado local de origem.
 São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos 
naturais como solo, vegetação, clima e recursos humanos, como o 
conhecimento para produzi-lo (saber fazer ou know-how).
O registro é concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial 
(Inpi). O Ministério da Agricultura é uma das instituições de fomento 
das atividades e ações para Indicação Geográfica de produtos agropecuários. 
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-2203/2204
Rossana Gasparini
rossana.magalhaes@agricultura.gov.br

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