domingo, 28 de abril de 2013

Cooxupé amplia exportações com investimento em logística


 
Cooperativa embarcou o volume diário recorde de 33.945 sacas na última terça-feira
 
Janaína Oliveira joliveira@hojeemdia.com.br

Mesmo em um ano de baixa colheita, a Cooxupé, cooperativa mineira de café com sede em Guaxupé, no Sul de Minas, registra aquecimento no volume vendido ao exterior e no mercado interno. Na última terça-feira, a cooperativa contabilizou o embarque de 33.945 sacas de café, totalizando 85 containers. O volume é recorde para para um único dia.
Em 2013, até o momento, já foram embarcadas 1.372.481 sacas de café. O volume é consequência de investimentos em uma nova unidade de preparo e armazenagem dos grãos.
Ao custo de R$15 milhões, o espaço recém-inaugurado tem capacidade para preparar 14 mil sacas por dia.
“Com as novas instalações e a construção do Complexo do Japy, também em Guaxupé, conseguimos dobrar nossa capacidade”, comemora o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino da Costa.
Para alavancar o que chama de logística do café, a cooperativa ainda investiu em maquinário e tecnologia. O processo de granelização, que proporciona diferencial na qualidade do café armazenado e gera aumento na rentabilidade do produtor, também recebeu um montante sig nificativo de recursos. “Essas ações nos deixam preparados para as novas demandas”, avalia.
EXPORTAÇÕES
Segundo o presidente da Cooxupé, em função dos baixos preços pagos no Brasil, atualmente está mais vantajoso fazer negócio com outros países.
“O preço pago pela saca, para exportação, está entre R$ 300 e R$ 380, dependendo da qualidade do café. O ideal seria pelo menos R$ 400. Mas está melhor do que os valores praticados aqui”, afirma.
Considerada a maior cooperativa de café do mundo e uma das maiores exportadoras do produto no Brasil, a Cooxupé conta hoje com cerca de 11,6 mil cooperados, 96% deles pequenos produtores. Conforme Paulino da Costa, neste ano, eles deverão entregar cerca de 3,5 milhões de sacas de café, o que corresponde a uma queda de cerca de 15% em comparação com o ano passado (4,1 milhões de sacas).
“Devemos ter uma quebra”, diz Costa. A justificativa é que o café tem como característica a bianualidade. Ou seja, um ano de safra cheia é seguido de outro com baixa colheita.
Cooxupéamplia exportações com investimento em logística Cooperativa embarcou o volume diário recorde de 33.945 sacas na última terça-feira A Cooxupé também bateu recorde em 2011, exportando o maior volume de café da história brasileira – 2,46 milhões de sacas. 

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