Folha de Londrina
Ricardo Chicarelli / 03-08-2012
Colheita da safra 2013/14 de café começa em maio
Referência
Os preços mínimos balizam as compras públicas, feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e, com isso, também a negociação no mercado entre os cafezais e os compradores.
O jornal O Estado de S.Paulo apurou que a presidente deu sinal verde para a elevação do preço mínimo, mas o valor final ainda não havia sido fechado. No Palácio do Planalto, a visão é que um reajuste forte neste ano evitaria o início de uma crise no setor, afetado pelos preços baixos.
As consequências dos reajustes, no entanto, devem ser amargas para o consumidor. Ao forçar um aumento da saca do café, a medida de estímulo do governo deve pressionar o preço do cafezinho. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o café ao consumidor acumula alta de 11,4% nos últimos 12 meses. Somente o cafezinho representou cerca de 0,07% do IPCA, termômetro oficial de inflação no País.
Crédito
Além do forte reajuste para a saca de café, outras medidas estão em estudo no governo federal. Os técnicos vão bater o martelo sobre o montante de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o financiamento do custeio, colheita e comercialização do grão, inclusive estocagem.
Os valores programados no Funcafé, que na safra atual somam R$ 2,7 bilhões, devem aumentar para R$ 3,1 bilhões no ano agrícola que começa em julho e termina em junho de 2014. Até dezembro do ano passado, o governo havia liberado R$ 2 bilhões dos R$ 2,7 bilhões programados até junho deste ano.
Outra mudança em análise no governo diz respeito à linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC), destinada à compra de matéria-prima pelas cooperativas, torrefadoras e exportadores de café.
Atualmente, a FAC só financia a compra de café por valores acima do preço mínimo de garantia. A ideia do governo federal é retirar a restrição na compra, mas exigir que o produto seja vendido somente acima do preço mínimo.
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