Estiveram presentes do evento o diretor-presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Evair Vieira de Melo, o vice-prefeito de Nova Venécia, Antônio Ambrosino, o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Brício Alves junior, a diretora da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Espírito Santo, Jeane Albani Trevizani, o gerente executivo do Banco do Nordeste, Constantino Martins Pinto, o presidente da cooperativa Veneza, José Carnieli, dentre outras autoridades.
Em palestra cujo tema foi “Evolução e Inovação Tecnológica no Café Conilon”, o coordenador estadual da cafeicultura e pesquisador do Incaper, Romário Gava Ferrão, informou sobre o momento especial do café conilon no Estado. “Somos a cafeicultura mais produtiva do mundo e temos uma produção elevada. Nossa renovação da lavoura é destaque em todas as partes do mundo por conta do respeito aos agricultores e ao meio ambiente. Ultrapassamos as fronteiras com um produto de qualidade”, disse.
Em seu pronunciamento, o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, informou que o Incaper tem atuado no sentido de disponibilizar tecnologia aos agricultores, para que esses possam ampliar sua renda e produzir com menor impacto ao meio ambiente. “Já ouvimos falar mal do conilon, mas hoje temos um produto que gera emprego, renda e oportunidade ao homem do campo. Essa mudança foi possível por causa do uso adequado de tecnologias que tem refletido significativamente no aumento da produtividade, na produção e melhoria da qualidade final do café. E é sobre isso que estamos discutindo aqui hoje”, afirmou.
“O evento é importante para o desenvolvimento sustentável”, indicou o chefe do Centro Regional de Desenvolvimento Rural (CRDR) Extremo Norte do Incaper, Nilson Araújo, que indicou que os municípios que participaram do evento são os principais produtores de café conilon do Estado.
O evento reuniu produtores de 20 municípios capixabas, que possuem 130 mil hectares de área de café conilon, com a produção de 3,5 milhões de sacas. A produtividade média é de cerca de 27 sacas por hectare. O total produzido advém do trabalho de 36 mil famílias e 90 mil pessoas.
O produtor Atílio Luiz Milanez, do distrito de Cristalina, de Nova Venécia, foi um dos participantes e apontou que eventos como esses são bons para adquirir conhecimento. “Temos que atentar para a qualidade de nossos cafés e aqui sempre aprendemos uma boa prática para implantarmos em nossa lavoura”, lembrou.
Na programação no período da tarde, os participantes puderam conferir seis oficinas que tiveram como tema: manejo sustentável de pragas e doenças do café conilon; variedades: problemas do uso de poucos clones na implantação de lavouras de café conilon; gestão da água e manejo de irrigação no café conilon; manejo da lavoura cafeeira: tecnologias de implantação, poda e adubação; qualidade do café conilon: classificação quanto aos aspectos bioquímicos e sensoriais; e culinária do café.
O café conilon
O grão é cultivado em 64 municípios do Espírito Santo e o município de Nova Venécia se encontra entre os maiores produtores do Estado. Os outros municípios com boa produção de sacas por ano são: Vila Valério, Jaguaré, Sooretama, Linhares, Rio Bananal, São Mateus, São Gabriel da Palha e Pinheiros. Para este ano a previsão da safra capixaba de conilon é de 9,6 milhões de sacas.
Eduardo Brinco
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