Comunidades indígenas realizam amanhã (20) manifestação na Câmara pelo tombamento do antigo Museu do Índio

 

Adital

A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou hoje (19), por 26 votos a favor e nenhum contrário, alcançando o quórum mínimo, o tombamento da Escola Municipal Friedebreich, que faz parte do Complexo do Maracanã. Mas faltou quorum para aprovar o tombamento do antigo Museu do Índio. O projeto pelo tombamento do prédio, construído no século XIX, obteve 22 votos.

A matéria deverá ser retomada nessa quinta-feira (20), último dia de funcionamento da Câmara, antes do recesso de Natal. Por isso, a comunidade indígena e os aguerridos apoiadores da causa prometem lotar as galerias e convidam a todos/as os/as simpatizantes para comparecerem à sessão amanhã, dia 20 de dezembro, a partir das 14 horas.

Apesar da falta de quórum, a esperança de reverter essa indiferença pela valorização das raízes e da identidade nacional ainda se mantém de pé. No entanto, sensibilizar os vereadores vai depender de muita mobilização e da presença nas galerias da Câmara amanhã.

A comunidade indígena considera importante o tombamento, por vários aspectos. O imponente prédio da Aldeia Maracanã foi o primeiro museu do índio construído no Brasil. Naquele casarão chegou o morar o Marechal Cândido Rondon, que se revoltou contra o massacre dos Bororo, no século passado, e se tornaria um dos mais ardorosos defensores dos índios.

Desde que o museu foi desativado no Maracanã, índios de várias etnias passaram a ocupá-lo, simbolicamente, para reavivar os objetivos que inspiraram a sua criação.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias (Por Fatima Lacerda)