sábado, 26 de janeiro de 2013

Por dentro do music business



Novas formas de negócio se consolidam no setor fonográfico e possibilidade de empreender é forte
Tamanho da Letra
Texto: Pablo Furlanetto
Imagens: Divulgação
O negócio da música mudou. Com a entrada do MP3, as gravadoras, que dominavam o mercado até pouco tempo atrás, viram sua hegemonia ruir. Hoje, para se dar bem, só mesmo com espírito inovador. Com a ruptura do modelo industrial que predominava há anos no setor, o futuro será feito por quem estiver capacitado a entender os novos contextos de consumo e a rápida evolução tecnológica. Aos preparados, o nicho ainda tem muito espaço para crescimento.





Se por um lado as dificuldades são maiores, o alcance do trabalho realizado pelas empresas é mundial. “Existe, cada vez mais, a competição na produção de jingles e trilhas. Enxergar novas oportunidades onde o áudio se insira é essencial. E, em um período histórico em que a internet é o canal primário para a comunicação, o mercado é global. Isso é muito relevante para as produtoras brasileiras, pois um dos produtos mais valorizados aqui é a cultura, especialmente a música”, explica Charles Di Pinto, coordenador da especialização da Unisinos em Music Business.

SENSIBILIDADE PECULIAR

Nunca é demais reforçar: com a forte presença da web, o produto sonoro pode ser enviado para qualquer canto do mundo em instantes. Assim, a sensibilidade sonora peculiar do produtor brasileiro pode facilmente ser aplicada em projetos de qualquer país. “Seja através da música, sound design (processo de especificação, aquisição, manipulação ou geração de elementos de áudio) ou gravação de podcasts”, diz Charles. Além disso, para as empresas que buscam trabalhar com o mercado artístico, existem oportunidades em vários serviços importantes, como o iTunes, da Apple.

CENÁRIO EM ALTA

Quando se fala no setor fonográfico, logo nos lembramos da crise que acometeu recentemente as tradicionais gravadoras, as major labels. Claro que estas não estão com o mesmo sucesso de anos atrás, mas tudo é questão de diversificar. De acordo com o professor Charles, hoje o cenário musical está em alta. Novos modelos de negócio apareceram, e são companhias como Spotify, Slacker e iTunes que tomaram o lugar das majors. “O momento é de transformação”, destaca.

Para quem deseja investir nesse ramo, a única opção é inovar. A música está presente em todos os lugares (cinema, TV, games, celulares) e, por isso, as empresas mais bem sucedidas são as que desenvolvem novas formas para monetizar o consumo. “O componente mais importante é uma mente aberta, que possibilite respeitar o poder de decisão do novo consumidor”, diz o docente da Unisinos.

MOMENTO DE EMPREENDER

Sempre é importante destacar quando existe a possibilidade de empreender. Afinal, que não quer abrir o seu próprio negócio? E no ramo do som não é diferente. Claro que as produtoras de áudio são maioria no mercado, mas existe espaço para outros tipos de empreendimento. Assim como as agências de publicidade estão mudando a forma de trabalhar, existe lugar para a renovação no setor da música.

Nenhum comentário:

Postar um comentário