terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Assir Ameaça Remover o Hezbollah de Sídon




Foto: Daily Star

Na última sexta-feira (22), o Sheikh salafista Ahmad Assir, e seus partidários mais uma vez causaram tensão em Sídon, mobilizando centenas de soldados do exército libanês e policiais para monitorar dois prédios em torno da mesquita Bilal Bin Rabah em Abra, leste de Sídon, no intuito de evitar um conflito maior, causado pelas declarações de Assir durante seu sermão.

Fortemente armado e protegido por seus partidários, o clérigo, que deseja acabar com o exército armado do Hezbollah na cidade, declarou que todos os combatentes “a serviço do Irã”, que estão posicionados nos apartamentos ao redor da mesquita, vigiando seus passos, prontos para ataca-lo a qualquer instante, deveriam se retirar. Assir disse que estava decidido a retira-los à força, junto com seus fiéis seguidores, caso eles não saíssem sozinhos.

Assir esteve caminhando em torno da mesquita com seu rifle em punho, durante todo o dia, pronto para atacar quem tentasse atacá-lo, e segundo o sheik, ele já havia sido informado de que membros do Hezbollah, armados, estavam ocupando dois apartamentos ao redor da Mesquita, com o intuito de vigiá-lo e ataca-lo a qualquer momento. 

O salafista declarou ainda, que milhares de homens, de diversas regiões, estavam dispostos a unir-se a ele e seus partidários, para expulsar os membros do Hezbollah dos apartamentos, ele alertou as autoridades que este era seu último aviso contra os membros do Hezbollah, e que se eles não fizessem nada a respeito, e os membros não evadissem, eles iriam partir para o ataque.

Durante as orações do meio dia na Mesquita Bilal Rabah, milhares de fiéis gritaram insultos à Sayyed Hasan Nasrallah, e Assir, disse que ele já havia solicitado às Forças de Segurança que confiscassem as armas dos membros do Hezbollah que se encontram nos apartamentos em torno da mesquita, exigindo que eles justificassem a presença do grupo inimigo em torno da Mesquita e próximo aos seus seguidores, mas nada havia sido feito. 

O clérigo afirmou que a recente ocupação dos referidos apartamentos em torno da mesquita, por jovens de fora da cidade, era um plano estratégico para atentar contra sua vida, e que eles estavam ali à serviço do Hezbollah, que alugou esses imóveis há 20 anos, durante a ocupação israelense, para ser usado em suas operações em Iqlim al Tuffah, e no Sul do país.

Segundo Assir, os combatentes permanecem dentro dos imóveis durante todo o dia, e não escondem que estão fortemente armados, aumentando assim suas suspeitas de que eles estão ali, apenas aguardando ordens para atacá-lo. Partidários do Movimento Popular Nasserista, aliado do Hebollah, fecharam as estradas em Qayia na quarta-feira (20), para protestar contra o manifesto salafista programado para o dia seguinte (21), onde Assir acusaria o Hezbollah de interferência no conflito da Síria. 

A vizinhança da região da mesquita enviou ao governador do Sul, Nicholas Daher, e às Forças de Segurança, um abaixo assinado com as assinaturas de todos os moradores, apoiando as preocupações de Assir.  

Daher informou ao Ministro do Interior, Marwan Charbel, que a reunião realizada com o Chefe do Hezbollah, não havia tido nenhum desenvolvimento positivo, visto que a delegação do Hezbollah declarou que os jovens que estão ocupando os imóveis, não seriam intimidados.

CLAUDINHA RAHME
GazetadeBeirute


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