Uma ação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) irá ampliar o suprimento de água para famílias de localidades rurais difusas dos municípios de Curaçá, Remanso, Pilão Arcado, Santa Brígida, Campo Alegre de Lourdes, Glória, Jeremoabo e Chorrochó, no norte da Bahia.
Sob responsabilidade da 6ª Superintendência Regional, localizada em Juazeiro, terão início ainda neste mês os serviços de desassoreamento e limpeza de aguadas – reservatórios escavados no chão, que servem para acumular água da chuva destinada principalmente para dessedentação animal e para uso na agricultura de subsistência.
O investimento é de aproximadamente R$ 850 mil, recurso oriundo do Orçamento Geral da União destinado à Codevasf por emendas parlamentares. A estimativa é de que aproximadamente 40 famílias sertanejas que sobrevivem da agricultura e pecuária extensiva sejam atendidas.
“Mais do que aumentar o acúmulo de água da chuva, o que é bom para o rebanho e para as pessoas, os serviços visam principalmente amenizar os efeitos da estiagem prolongada pela qual passa nossa região, e também auxiliar os pequenos agricultores, para que eles tenham melhores condições de vida”, esclarece o superintendente regional, Alaôr Grangeon.
O serviço consiste na retirada dos sedimentos (areia, pedras, vegetação e outros resíduos), que, acumulados, diminuem a profundidade e consequentemente a capacidade de reservação de água. O trabalho é feito com a utilização de máquinas como o trator de esteira, que num primeiro momento retira principalmente a vegetação existente. Depois, é feita a escavação do local, aumentando assim a capacidade de acumulação do reservatório. Uma aguada – também conhecida como barreiro - pode guardar água por um período de até sete meses, dependendo do período do ano.
O tamanho varia de acordo com características de topografia e solo de cada localidade. Os reservatórios são projetados para ter um significativo excedente de água, já que grande parte do armazenamento é consumido naturalmente pelo processo de evaporação. Dependendo da localização geográfica dos barreiros, eles podem acumular água por um período de até dois anos.
Veja imagens ilustrativas no Flickr da Codevasf:
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