3 de junho de 2015 | 06:57 Autor: Fernando Brito
Lê-se no Estadão a seguinte pérola sobre a discrição do Ministério Público Federal, aquela instituição que vaza tudo, real ou imaginário, quando o acusado é de esquerda:
“O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro abriu procedimento investigatório para aprofundar as investigações sobre o envolvimento dos ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, e do Barcelona, Alexandre Rosell e outras três pessoas em esquema de corrupção dando seguimento ao indiciamento feito pela Polícia Federal que encontrou crimes praticados pelo grupo. O procedimento tramita com grau máximo de sigilo, quando nenhuma informação sobre o andamento está disponível nem mesmo os nomes das partes.
Não é possível saber quem é o juiz do caso, o procurador responsável ou a Vara Federal onde tramita. Esse tratamento torna a tramitação do processo oculta, como se não existisse e impede que a sociedade tenha conhecimento sobre se o MPF apresentou denúncia contra os indiciados, além de outras movimentações. O MPF não explicou porque garantiu sigilo máximo ao caso.
Conforme o Estado revelou nesta terça-feira, 2, o inquérito na PF que culminou com o indiciamento e a investigação do MPF/RJ foi concluído em janeiro deste ano. As investigações duraram dois anos. Além de Teixeira e Rosell, foram indiciados: Claudio Honigman (descrito como parceiro comercial de Teixeira e Rosell e sócio do ex-presidente do Barcelona na 100% Brasil Marketing), Vanessa Almeida Precht (sócia da Alianto Marketing LTDA) e Claudio Abrahão (irmão de Wagner Abrahão, presidente do Grupo Águia, que realiza as viagens da CBF).”
Será que o MP sabe que Sandro (como é conhecido) Rossell já levou a grana embora? Se não sabe, é só ler o post deste Tijolaço ( em agosto de 2013!!), mostrando que a Alianto, empresa com que fazia negócios com a turma de Ricardo Teixeira, reduziu seu capital de R$ 12 milhões para R$120 mil?
Para colaborar, repito a imagem publicada há quase dois anos!
E com a esfarrapadíssima desculpa de que, em apenas quatro meses, descobriram que “entenderam estar o capital social da Sociedade excessivo em relação ao seu objeto social”, como está na ata registrada na Junta Comercial do Rio de Janeiro e publicada no Diário Oficial?
Uma redução de cem vezes no capital “excessivo”?
Quer dizer: eu tinha R$ 100 para comprar bananas e descubro que só preciso de um real?
É óbvio que a manobra visa cobrir a responsabilidade da empresa de Rossell e da “laranja” de Ricardo Teixeira, Vanessa Precht e ainda liberou Rossell para “extraditar” seu rico dinheirinho.
A PF só indiciou a turma em janeiro deste ano, como mostra o Luiz Carlos Azenha, no Viomundo.
E em seguida o MP decreta “sigilo total”!
Fica minha sugestão a Eduardo Cunha e a Renan Calheiros: em lugar de elegerem-se presidentes da Câmara e do Senado e terem investigação sem sigilo no STF, candidatem-se a presidente da CBF, para ter o “foro privilegiado” que o MP dá a Rossell e, por tabela, a Ricardo Teixeira.
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