terça-feira, 8 de setembro de 2015

Castanha é o produto da sociobiodiversidade mais adquirido pelo PAA 08/09/2015 14:50

08/09/2015 14:50
Em 2014, agricultores familiares venderam mais de 2,7 mil toneladas do produto
 para o Programa de Aquisição de Alimentos

Brasília, 8 – Ana Rosa Marcondes, 46 anos, é extrativista em Ariquemes (RO), município
 a 200 quilômetros de Porto Velho. No ano passado, ela e o marido, Edivar Miranda da 
Silva, 54, venderam R$ 1,5 mil em castanhas-do-brasil para o Programa de Aquisição de
 Alimentos (PAA), na modalidade Compra com Doação Simultânea. “Estamos preservando 
a natureza. Isso vale muito”, conta.

Durante todo o ano, a castanha foi o produto da sociobiodiversidade mais adquirido pelo 
programa em todo o país: foram mais de 2,7 mil toneladas. No total, o PAA comprou 7,4 
mil toneladas de castanhas.

O trabalho do casal começa cedo. Na propriedade, há seis árvores de castanha-do-brasil. 
Depois de colher os frutos, eles ainda expõem a castanha ao sol para secar, mas não 
descascam o produto para não estragar. Além da castanha, eles produzem óleo de 
copaíba e têm criação de aves e tambaquis para contribuir no orçamento familiar.

Em Ariquemes, a Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental Roberto
 Turbay é uma das entidades que recebem os produtos comprados pelo PAA. A 
diretora, Neidair Mazine de Lima, conta que a castanha, por exemplo, é utilizada 
em bolos e pães, servidos para 550 alunos que estudam em período integral.

“É uma alimentação adequada vinda direto do produtor”, ressaltou. Por causa da
 boa alimentação ofertada aos alunos, complementada com os produtos colhidos
 em uma horta construída na própria instituição, Neidair relata que não há crianças 
obesas na escola.

                                                                                                    Foto: Ubirajara Machado
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Organização – A venda da castanha para o PAA possibilitou que a Cooperativa Central
 de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) criasse autonomia e 
conquistasse os mercados nacional e internacional. Só em 2014, a cooperativa vendeu 
R$ 1,5 milhão na modalidade de Formação de Estoque do PAA. “Nós chegamos ao 
mercado graças ao programa. O PAA nos ensinou muito”, destaca o presidente e 
fundador da cooperativa, Manoel José da Silva, 76. 

Criada em 2001, a Cooperacre reúne, atualmente, mais de 2 mil famílias por meio de
 35 associações cooperativas filiadas. “Se não tivesse a compra do PAA e do Pnae
 [Programa Nacional de Alimentação Escolar], a maior parte do produto estaria 
estragada”, diz o fundador.

A cooperativa utilizou o dinheiro recebido do PAA para formar estoque e comercializar 
o produto por todo o ano para quase todo o país, para a América do Sul, Estados 
Unidos e Alemanha. Além de beneficiar a castanha, a organização também comercializa 
polpas de frutas da região. “É possível crescer preservando a floresta. Só ganhamos
 pelo fruto, nunca pela madeira”, afirma Manoel.

Informações sobre os programas do MDS:
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mdspravoce.mds.gov.br 

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
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