Migrantes decidem caminhar 175 km da Hungria à Áustria para chegar perto da sonhada Alemanha - vídeos

Da Redação

Perspectiva de mais uma longa e sofrida jornada

A saga dos refugiados que chegam sem parar à Europa ganha novos e surpreendentes capítulos a cada dia, quase sempre dramáticos ou trágicos. Nesse contexto, a decisão de mais de mil migrantes de seguir a pé rumo à Áustria, mais impressiona do que choca, pela obstinação dos andarilhos - que a essa altura também não têm outra alternativa, a não ser seguir em frente. Veja também, mais abaixo, uma perturbadora manifestação de "camisas pretas" húngaros contra a presença dos "indesejados visitantes": 

Imagens dos refugiados na estrada a partir de 2:50:



escolha de sair de Budapeste a pé foi tomada após autoridades húngaras terem suspenso o transportes ferroviário que poderia levar os migrantes para a Alemanha. A Hungria chegou a tentar transferi-los à força para campos de refugiados.

Desde cedo, nesta sexta-feira, grandes grupos podiam ser vistos numa estrada que vai até a fronteira com a Áustria. Resta saber como eles serão recebidos pelo governo austríaco.

Uma lei aprovada hoje (4) pelo Parlamento da Hungria prevê penas de até três anos de prisão para quem cruzar ilegalmente suas fronteiras. Se a medida for adotada em outros países, teoricamente isso pode inibir novas levas de refugiados que planejem sair da Ásia ou da África rumo à Europa. Mas pode ser que muitos até prefiram passar uma temporada na cadeia, com cama e comida, a permanecer em sua terra assolados por guerras, perseguições, maus-tratos e fome.

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Um grupo que está bloqueado em um campo de refugiados em Bicske, a cerca de 40 km de Budapeste, afirmou à Reuters que aguardaria até sábado (5) a saída do trem que os levaria até a Alemanha. Depois disso, caso o embarque continue vetado, eles também devem caminhar pelas estradas rumo à Áustria.

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A manifestação desta sexta-feira contra os "indesejados", em Budapeste:

Refugiados saem de Budapeste em direção à rodovia