domingo, 1 de abril de 2012

VOLTANDO PARA CASA


VOLTANDO PARA CASA
Venho observando nestes últimos meses que o retorno de brasileiros que foram morar no exterior tem crescido. Não posso traduzir em números, mas a percepção indica esta realidade. A crise na economia dos Estados Unidos de 2008, seguida pela crise na economia européia, está devolvendo ao Brasil milhares de seus filhos expatriados.
O êxodo de brasileiro sempre foi embalado pelas diversas crises de nossa economia. A cada evento de problemas econômicos, mais adiante o fluxo aumentava. Tradicionalmente os Estados Unidos, como motor da economia mundial, atraia um maior fluxo. A unidade dos países europeus, rendeu a comunidade do Euro poder maior e tornou-se polo de atração. Para as regiões da Ásia, leia-se Japão, também foram os descendentes em busca de proteção na casa dos ancestrais.
O fluxo para o exterior, normalmente é feito de forma clandestina, já que os países centrais, aqueles que controlavam a economia mundial, somente aceita a liberdade de ir e vir apenas do dinheiro. Gente tem outro tratamento. A realidade mostra que mesmo com milhões de clandestinos, as nações receptoras faziam que não estavam vendo. A mão-de-obra barata justificava a “vista grossa”.
Todo brasileiro tem um parente no exterior ou um amigo. Basta a gente perguntar aos nossos amigos. Falo de cadeira, por ter parentes e amigos fora do Brasil, foram em busca de um futuro que não viam aqui, em busca de nova perspectiva. Os relatos de discriminação são inúmeros. Mas valia a pena para o expatriado ariscar numa terra estranha, com costumes diferentes e língua diferente.
Quando o sistema socialista europeu ruiu, o mundo passou por uma transformação, aliada ao crescimento do poder industrial chinês e asiático. Mas fica uma pergunta, quem foi fabricar e comprar produtos na China? Quem foi em busca de mão-de-obra barata e ampliar os seus lucros? A realidade do mundo bipolar, Ocidente dos Estados Unidos e seus aliados de um lado versus União Soviética e seus aliados, do outro, acabou com o fim deste segundo grupo.
Quem está de volta e conseguiu acumular algum patrimônio, seja material ou de conhecimento, recomeça em posição privilegiada. E os que foram e nada trazem? Uma conta para toda sociedade. Estamos diante de um enigma. O que vai acontecer, o fluxo de gente voltando está aumentando. No segundo semestre será maior, em agosto, porque é o final do ano escolar. Que sejam bem vindos os nossos irmãos e irmãs.

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