Existem atualmente no mundo 29,8 milhões de pessoas em situação análoga à escravidão. A estimativa consta do relatório Índice de Escravidão Global 2013 divulgado nesta quarta-feira (17) pela Fundação Walk Free.
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A África e a Ásia, de acordo com o documento, são os continentes com a maior incidência e prevalência de pessoas nessa condição. Somadas, a Índia, China, o Paquistão, a Nigéria, Etiópia, Rússia, Tailândia, o Congo, Myanmar e Bangladesh têm 76% do total mundial, cerca de 22,6 milhões de pessoas.
Nos parâmetros do índice, escravidão é a condição de uma pessoa sobre a qual é exercido qualquer poder de propriedade. Entre essas condições estão a servidão por dívida, casamento forçado ou servil e a venda ou a exploração de crianças – inclusive em conflito armado. Por incidência, entende-se a proporção ou a quantidade de novos casos. Por prevalência, o total de casos em um determinado momento. Assim, a incidência reflete as condições de vida nos países em questão – que propiciam, ou não, o aparecimento de casos e a manutenção dos índices.
"[Os parâmetros] não são baseados em legislação, mas, na realidade, as pessoas exploradas de alguma forma, especialmente a econômica”, disse o autor do relatório, Kevin Bales.
De acordo com o índice, os países com o maior número de trabalho escravo são a Índia, China e o Paquistão. Na Índia, existem de 13,3 milhões e 14,7 milhões de pessoas escravizadas – quantidade mais de duas vezes superior à população do Paraguai, com cerca de 6 milhões de habitantes. Segundo o levantamento da Walk Free, a maioria dos casos é a escravização de indianos pelos próprios indianos, por meio da manutenção de dívidas e de trabalho forçado.
A China, o segundo país com a maior quantidade absoluta de pessoas nessa condição, estima-se que haja de 2,8 milhões e 3,1 milhões de casos, entre os quais o uso de mão de obra forçada de homens, mulheres e crianças, servidão doméstica e exploração sexual.
Entretanto, proporcionalmente, a Mauritânia, na Costa Oeste da África, é o país que lidera o ranking dos de maior incidência de trabalho escravo – de 140 mil e 160 mil pessoas estão em situação análoga à escravidão, o dado representa que, pelo menos, 3,6% da população, de 3,8 milhões de pessoas, são atingidas pelo problema. No Haiti, o segundo país no ranking, os conflitos, a ocorrência de terremotos e a tradição de escravidão infantil são os fatores que influenciam a alta incidência de situações análogas à escravidão. Ali existerm entre 200 mil a 220 mil pessoas escravizadas – 1,9% da população de 10,2 milhões de pessoas. No Afeganistão, o país com a terceira pior colocação, existem mais de 2 milhões de pessoas (1,1% da população de 179 milhões) nessas condições.
Embora situados na Europa, e comumente arrolados entre as nações mais desenvolvidas, existem escravos também em países como Islândia, Irlanda e Reino Unido, embora estes seja, aqueles com a mais baixa incidência da escravização - eles estão empatados no 160º lugar no ranking – com 100, 340 e 4,6 mil pessoas em situação análoga à escravidão, respectivamente. O autor do índice considera que a situação desses países, com as menores incidência e prevalência, é tão crítica quanto – se não mais que - a dos países com os maiores indicativos. “Eu diria que esses são igualmente críticos aos que têm mais, pois eles não têm desculpa. Não são pobres, não têm corrupção. Então o que está errado é que ainda não eliminaram a escravidão”, declarou Bales.
No levantamento, além da medição quantitativa dos casos, são identificados fatores de risco relevantes e a comparação dessas vulnerabilidades entre os países. Entre os fatores de risco, estão a extensão das políticas adotadas nos países; a extensão das garantias aos direitos humanos; a estabilidade do Estado, que mede fatores como corrupção; e o nível de discriminação sofrida pelas mulheres.
O índice da Walk Free é a primeira edição do trabalho da fundação em que há um ranking do uso de mão de obra escrava em 162 países. O ranking foi elaborado de acordo com a avaliação e a mensuração de três critérios considerados determinantes para a incidência de condições análogas à escravidão: a prevalência do trabalho escravo, os casos de casamento infantil e o tráfico de pessoas.
Nos parâmetros do índice, escravidão é a condição de uma pessoa sobre a qual é exercido qualquer poder de propriedade. Entre essas condições estão a servidão por dívida, casamento forçado ou servil e a venda ou a exploração de crianças – inclusive em conflito armado. Por incidência, entende-se a proporção ou a quantidade de novos casos. Por prevalência, o total de casos em um determinado momento. Assim, a incidência reflete as condições de vida nos países em questão – que propiciam, ou não, o aparecimento de casos e a manutenção dos índices.
"[Os parâmetros] não são baseados em legislação, mas, na realidade, as pessoas exploradas de alguma forma, especialmente a econômica”, disse o autor do relatório, Kevin Bales.
De acordo com o índice, os países com o maior número de trabalho escravo são a Índia, China e o Paquistão. Na Índia, existem de 13,3 milhões e 14,7 milhões de pessoas escravizadas – quantidade mais de duas vezes superior à população do Paraguai, com cerca de 6 milhões de habitantes. Segundo o levantamento da Walk Free, a maioria dos casos é a escravização de indianos pelos próprios indianos, por meio da manutenção de dívidas e de trabalho forçado.
A China, o segundo país com a maior quantidade absoluta de pessoas nessa condição, estima-se que haja de 2,8 milhões e 3,1 milhões de casos, entre os quais o uso de mão de obra forçada de homens, mulheres e crianças, servidão doméstica e exploração sexual.
Entretanto, proporcionalmente, a Mauritânia, na Costa Oeste da África, é o país que lidera o ranking dos de maior incidência de trabalho escravo – de 140 mil e 160 mil pessoas estão em situação análoga à escravidão, o dado representa que, pelo menos, 3,6% da população, de 3,8 milhões de pessoas, são atingidas pelo problema. No Haiti, o segundo país no ranking, os conflitos, a ocorrência de terremotos e a tradição de escravidão infantil são os fatores que influenciam a alta incidência de situações análogas à escravidão. Ali existerm entre 200 mil a 220 mil pessoas escravizadas – 1,9% da população de 10,2 milhões de pessoas. No Afeganistão, o país com a terceira pior colocação, existem mais de 2 milhões de pessoas (1,1% da população de 179 milhões) nessas condições.
Embora situados na Europa, e comumente arrolados entre as nações mais desenvolvidas, existem escravos também em países como Islândia, Irlanda e Reino Unido, embora estes seja, aqueles com a mais baixa incidência da escravização - eles estão empatados no 160º lugar no ranking – com 100, 340 e 4,6 mil pessoas em situação análoga à escravidão, respectivamente. O autor do índice considera que a situação desses países, com as menores incidência e prevalência, é tão crítica quanto – se não mais que - a dos países com os maiores indicativos. “Eu diria que esses são igualmente críticos aos que têm mais, pois eles não têm desculpa. Não são pobres, não têm corrupção. Então o que está errado é que ainda não eliminaram a escravidão”, declarou Bales.
No levantamento, além da medição quantitativa dos casos, são identificados fatores de risco relevantes e a comparação dessas vulnerabilidades entre os países. Entre os fatores de risco, estão a extensão das políticas adotadas nos países; a extensão das garantias aos direitos humanos; a estabilidade do Estado, que mede fatores como corrupção; e o nível de discriminação sofrida pelas mulheres.
O índice da Walk Free é a primeira edição do trabalho da fundação em que há um ranking do uso de mão de obra escrava em 162 países. O ranking foi elaborado de acordo com a avaliação e a mensuração de três critérios considerados determinantes para a incidência de condições análogas à escravidão: a prevalência do trabalho escravo, os casos de casamento infantil e o tráfico de pessoas.
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