Empresas da Lava-Jato doaram a 12 ministros de Temerby bloglimpinhoecheiroso |
Via Portal UOL em 15/5/2016
Dinheiro de empresas envolvidas no esquema revelado pela Operação Lava-Jato irrigou as campanhas de 12 dos 13 ministros nomeados pelo presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), que se candidataram a algum cargo eletivo em 2014. Os recursos foram repassados de forma legal e declarados à Justiça Eleitoral.
A exceção é Ronaldo Nogueira (Trabalho). Quando concorreu a vaga de deputado federal pelo PTB do Rio Grande do Sul, o agora ministro recebeu R$393 mil em doações. Na sua prestação de contas não há registro de empresas citadas na Lava-Jato.
Os que declararam doações de empresas que estão na mira da Lava-Jato foram José Serra (Relações Exteriores), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Blairo Maggi (Agricultura), Maurício Quintela (Infraestrutura, Portos e Aviação), Raul Jungmann (Defesa), Mendonça Filho (Educação e Cultura), Leonardo Picciani (Esporte), Osmar Terra (Desenvolvimento Agrário), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Bruno Araújo (Cidades) e Ricardo Barros (Saúde).
Deste grupo, o maior beneficiado é Henrique Eduardo Alves (PMDB). Na campanha para governador do Rio Grande do Norte, o então candidato declarou à Justiça Eleitoral ter recebido um total de R$7,8 milhões das empresas acusadas ou investigadas pelo envolvimento no esquema de desvios de recursos da Petrobras.
O valor é 34% dos R$23 milhões declarados como doações na prestação de contas de 2014 do peemedebista. As doações foram feitas principalmente pela Odebrecht (R$5,5 milhões) e Queiroz Galvão (R$2,1 milhões). Galvão Engenharia (R$200 mil) e Andrade Gutierrez (R$100 mil) também doaram. Alves foi derrotado por Robinson Faria (PSD) no 2º turno.
PresosGeddel Vieira Lima declarou ter recebido R$7,1 milhões em doações eleitorais na campanha de 2014 para o Senado pelo PMDB da Bahia. Deste valor, R$2,3 milhões foram repassados por empresas que tiveram seus presidentes presos na Lava-Jato – as empreiteiras baianas Odebrecht (R$1,7 milhão) e UTC (R$75 mil) e o Banco BTG Pactual. Geddel não conseguiu se eleger.
José Serra (PSDB/SP) também ultrapassou a casa dos milhões em doações de empresas citadas na Lava-Jato. Na campanha para o Senado, o tucano declarou ter recebido R$1,2 milhão da OAS e R$856 mil da Andrade Gutierrez. Serra declarou R$10 milhões em doações naquele ano.
Tanto os políticos quanto as empresas doadoras argumentam que as doações são legais, previstas na legislação. A Lava-Jato, porém, trabalha com a hipótese de que doações declaradas de campanha tenham sido usadas como parte de pagamento de propina em troca de vantagens.
Alves e Geddel, além de Romero Jucá, são alvos de investigações na Lava-Jato. O ministro do Turismo é suspeito de receber dinheiro do dono da OAS, Léo Pinheiro, em troca de favores no Legislativo e em tribunais. Em dezembro, sua casa foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal.
Geddel, que passou a ser responsável relacionamento do governo com o Congresso, aparece nas mensagens captadas pela Polícia Federal com Léo Pinheiro em que tratam de interesses da OAS em órgãos do governo, entre eles a Caixa Econômica Federal – da qual o agora ministro era vice-presidente.
“Turma”Ao monitorar as mensagens de Pinheiro, os investigadores da Lava-Jato flagraram mensagens em que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), menciona o pagamento de R$5 milhões a Temer e reclama de compromissos adiados com a “turma”, que incluiria Geddel e Alves.
Os peemedebistas, no entanto, têm alegado que o valor se refere a doação oficial, devidamente registrada, feita pela empreiteira ao partido. Tanto Alves quanto Geddel admitem ter tratado com Pinheiro de questões de interesse dele, mas negam irregularidades no relacionamento com o empreiteiro.
Os nomes de oito ministros de Temer aparecem na chamada “superlista da Odebrecht”. A planilha com a indicação de pagamentos feitos pela empreiteira a políticos foi encontrada pela força-tarefa da Operação Lava-Jato na casa do ex-presidente de Infraestrutura da empreiteira Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio, em março.
São José Serra, Henrique Eduardo Alves, Raul Jungmann, Mendonça Filho, Osmar Terra, Bruno Araújo e Romero Jucá. A superlista da Odebrecht relaciona um total de 279 políticos ligados a 24 partidos políticos.
Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo comparou os valores da planilha com as prestações de contas entregues à Justiça Eleitoral. Em diversos casos os números da planilha eram superiores aos declarados, indicando possível caixa 2.
CADEIA NELES, SENHOR SÉRGIO MORO!!!!!!!!!!!!!!!!!
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