Projeto pretende mapear a higienização social no centro de São Paulo
O projeto Arquitetura da Gentrificação, promovido pela ONG Repórter Brasil, está próximo de alcançar seu orçamento de R$ 18 mil para efetivar-se. Intelectuais, ativistas políticos e jornalistas apostam no projeto como uma forma de encarar o problema de habitação e exclusão nas grandes cidades. O prazo para o financiamento coletivo expira quarta-feira, 26 de junho.
Da Redação
O projeto Arquitetura da Gentrificação organizado pela jornalista Sabrina Duran, com apoio da Repórter Brasil, está próximo de alcançar seu orçamento de 18 mil reais para efetivar-se. Por meio de doações no catarse.me (um site de crowdfunding que estipula uma data limite para ser feita a arrecadação), o projeto hoje atingiu 16 800 reais e o prazo para o financiamento coletivo expira daqui dois dias, dia 26.
Sabrina Duran, no site do projeto, conta sobre as intenções de seu trabalho e que problemas ele suscita. "Gentrificação é o nome que se dá à expulsão de moradores pobres de determinada região por meio de um conjunto de medidas socioeconômicas e urbanísticas marcado pela hipervalorização de imóveis e encarecimento de custos. Talvez você nunca tenha ouvido o termo, mas certamente convive com seus impactos", escreve.
Segundo Raquel Rolnik, relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada, "São Paulo é uma das poucas metrópoles globais que ainda resiste a um processo de gentrificação - apesar de muitas tentativas nas últimas décadas. Por que São Paulo resiste ao processo de gentrificação? Porque tem uma população organizada que se contrapõe a essa política", afirma.
Para Benedito Barbosa, da União dos Movimentos de Moradia (UMM), "todo o conjunto de projetos envolvendo o centro da cidade de São Paulo visa melhorar as condições do setor imobiliário. Esse processo, em contrapartida, vem gerando a expulsão de famílias e pessoas de baixa renda do centro da cidade". Segundo o dirigente da UMM, os trabalhadores de baixa renda, vivendo no centro da cidade, têm acesso a fontes de renda que estariam indisponíveis nas periferias, como os catadores de materiais recicláveis e os comerciante informais.
Intelectuais, ativistas políticos e jornalistas apostam no projeto como uma forma de encarar criticamente o problema de habitação e exclusão nas grandes cidades. Veja a seguir os depoimentos de quem apoia.
Sabrina Duran, no site do projeto, conta sobre as intenções de seu trabalho e que problemas ele suscita. "Gentrificação é o nome que se dá à expulsão de moradores pobres de determinada região por meio de um conjunto de medidas socioeconômicas e urbanísticas marcado pela hipervalorização de imóveis e encarecimento de custos. Talvez você nunca tenha ouvido o termo, mas certamente convive com seus impactos", escreve.
Segundo Raquel Rolnik, relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada, "São Paulo é uma das poucas metrópoles globais que ainda resiste a um processo de gentrificação - apesar de muitas tentativas nas últimas décadas. Por que São Paulo resiste ao processo de gentrificação? Porque tem uma população organizada que se contrapõe a essa política", afirma.
Para Benedito Barbosa, da União dos Movimentos de Moradia (UMM), "todo o conjunto de projetos envolvendo o centro da cidade de São Paulo visa melhorar as condições do setor imobiliário. Esse processo, em contrapartida, vem gerando a expulsão de famílias e pessoas de baixa renda do centro da cidade". Segundo o dirigente da UMM, os trabalhadores de baixa renda, vivendo no centro da cidade, têm acesso a fontes de renda que estariam indisponíveis nas periferias, como os catadores de materiais recicláveis e os comerciante informais.
Intelectuais, ativistas políticos e jornalistas apostam no projeto como uma forma de encarar criticamente o problema de habitação e exclusão nas grandes cidades. Veja a seguir os depoimentos de quem apoia.
Fotos: Repórter Brasil
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