10/07/2015 15:05
A agricultora familiar Maria Margareth Cunha, vende parte da produção de
hortaliças para as escolas do município de Esperantinópolis (MA) por meio
do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)
Porto Alegre, 10 – Todo mês, a agricultora familiar Maria Margareth Costa Cunha,
52 anos, do assentamento Palmeiral Vietnã, vende parte de sua produção de
hortaliças para as escolas do município de Esperantinópolis (MA), graças ao
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O programa determina, no
mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE) devem ser utilizados na alimentação escolar, com a
aquisição de produtos da agricultura familiar local e regional. Com a venda,
a agricultora ganha R$ 800 por mês.
Leia também:Mulheres têm papel fundamental na garantia da segurança alimentar segurança alimentar Para ela, políticas públicas como o Pnae e o Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(MDS), fortalecem o trabalho das mulheres. “Elas só saem da dependência do
marido se tiverem autonomia econômica. E essas políticas públicas, além de
melhorar a renda, proporciona essa autonomia”, afirma.
Maria Margareth conta que fica feliz ao saber que o que produz vai para a alimentação
escolar. “Fico tranquila porque os alimentos que produzo de forma limpa chegam até
as crianças. Estamos ajudando todas elas a terem mais saúde. Alimentos saudáveis
previnem doenças”, diz a agricultora, que participou do encontro temático sobre a
atuação das mulheres na promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional,
em Porto Alegre (RS).
A agricultora integra o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste,
que reúne 15 municípios e é composto por cerca de 500 mulheres. “Criamos oficinas
para trabalhar temas como geração de renda, empoderamento e o papel da mulher
no debate sobre a comida de verdade.” Ela conta que, para participar mais ativamente
do movimento de mulheres, teve que romper uma barreira na própria família.
“Meu marido não entendia. Hoje, ele vê a importância e me incentiva. A mudança
na relação de gênero tem que acontecer dentro de casa. Para você transformar
alguém, você tem que se transformar primeiro.”
Ela defende que é preciso continuar com o debate sobre segurança alimentar e
nutricional, mostrando o protagonismo das mulheres na causa. “Muitas pessoas
pensam que a mulher só ajuda o homem no campo, mas não é bem assim. Elas
hoje dominam o espaço.”
Promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea),
com o apoio da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional
(Caisan), o encontro em Porto Alegre é preparatório para a 5ª Conferência
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, marcada para novembro,
com tema “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”.
Informações sobre os programas do MDS: 0800-707-2003 mdspravoce.mds.gov.br Informações para a imprensa: Ascom/MDS (61) 2030-1021 www.mds.gov.br/saladeimprensa |
domingo, 12 de julho de 2015
“Fico tranquila porque os alimentos que produzo chegam até as crianças”
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