Redação Portal IMPRENSA | 01/07/2015 09:30
Na tarde da última terça-feira (30/6), a CPI do HSBC aprovou requerimentos
que pediam a quebra de sigilo fiscal e bancário de clientes investigados por
denúncias de operações irregulares com o banco. A medida, entretanto, foi
questionada por alguns senadores.
Crédito:Divulgação
Apresentador terá de apresentar esclarecimentos por movimentação em contas na Suíça
Segundo a Agência Senado, Paulo Bauer (PSDB-SC), por exemplo, pediu bom
senso e, em alguns casos, sugeriu a retirada de pauta do requerimento
e o envio de mais correspondências para os investigados, como no caso do
apresentador Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho, e o da esposa
dele, Solange Martinez Massa. A CPI solicitará mais esclarecimentos aos dois.
Bauer reiterou que muitas das pessoas mencionadas pela imprensa como
suspeitos de operações irregulares com o HSBC ainda não têm uma acusação
formal. O senador disse ainda que quando o Coaf [Conselho de Controle de
Atividades Financeiras] diz que uma operação financeira é atípica,
não quer dizer que é, necessariamente, ilegal.
Entre os pedidos de quebra de sigilo recusados, está o do empresário
Benjamin Steinbruch, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Já Paulo
Celso Mano Moreira e Ademir Venâncio de Araújo, ex-diretores do Metrô de
São Paulo, acusados de irregularidades administrativas, tiveram a solicitação
aprovada.
Alguns parlamentares questionaram o momento e necessidade da quebra
de sigilo. O presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA), informou
que a Comissão elencou os nomes divulgados pela imprensa e enviou
correspondência com pedido de informação sobre as operações. "Alguns
responderam, outros não. Assim, a CPI decidiu avançar com o pedido de
quebra de sigilo", explicou.
Ratinho, dono da Rede Massa de Rádio e TV, aparece em duas listas
relacionadas às contas no HSBC em Genebra, na Suíça. Uma delas é
a de empresários de mídia e jornalistas. O saldo da conta era de US$ 12,5 milhões.
Na outra, ele aparece entre os 16 doadores da campanha eleitoral de 2014.
As doações, no valor de R$ 254.140, foram destinadas ao filho dele,
Ratinho Junior, deputado estadual eleito pelo PSC-PR, atual secretário
do Desenvolvimento Urbano do Paraná.
À época da revelação das listas, o Grupo Massa alegou que "todos
os bens e valores de Carlos Roberto Massa e Solange Martinez
Massa foram devidamente declarados aos órgãos competentes".
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