quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Pronera forma turma de técnicos em agroecologia no Acre



Publicado dia 19/08/2015
A Superintendência Regional do Incra no Acre, promoveu, por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), a formação de 37 educandos oriundos de assentamentos federais em Técnicos em Agroecologia. Trata-se de uma parceria entre a autarquia e o Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional Dom Moacir, para a formação de quatro turmas, sendo duas em Técnico em Agroecologia, uma em Agrofloresta e outra em Agroindústria. No total, 120 assentados foram beneficiados.

A solenidade aconteceu na última sexta-feira (14), na cidade de Cruzeiro do Sul, a 637 km da capital Rio Branco, no Teatro dos Nauas, em conjunto com outras seis turmas do  Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Para a asseguradora do Programa na região, Maria Ronízia Pereira Gonçalves, o Pronera tem a missão de ampliar os níveis de escolarização formal dos trabalhadores rurais assentados. “ O Pronera atua como instrumento de democratização do conhecimento do campo ao propor e apoiar projetos de educação que utilizam metodologias voltadas para o desenvolvimento das áreas de reforma agrária”. 

Gilliarde da Silva Lima, do assentamento Tarauaca, no município de mesmo nome, ressalta a relevância do curso para toda a comunidade. “ O Pronera me proporcionou uma nova concepção do que é produzir utilizando técnicas saudáveis e que permitem acelerar o processo de produção, promovendo o desenvolvimento sustentável do nosso estado”. Ela acrescenta ainda a importância de se ampliar a número de beneficiados dessa matriz agroecológica. “Além disso, o mais importante é reproduzir os conhecimentos como extensionista para as pessoas que precisam de assistência técnica, proporcionando às comunidades viabilidade socioeconômica e cultural”.

Curso

O curso é baseado na pedagogia da alternância, com a carga horária dividida em tempo-escola, com aulas presenciais, e tempo-sócioprofissional, quando os residentes retornaram às comunidades de origem, e promoveram uma mobilização com uma reflexão crítica para a formulação de estratégias que articulem processos formativos e organizativos nas esferas da produção agrícola, visando à soberania alimentar, por meio da matriz agroecológica.

O objetivo é habilitar jovens e adultos selecionados entre as famílias residentes nos assentamentos federais, em toda extensão do estado, em técnicos profissionalizantes. Ronízia Gonçalves acrescenta ainda a importância desta habilidade para as comunidades, visto que a maior parte dos alunos mora em unidades distantes, cujo acesso se dá apenas por barco ou avião. “Alguns estudantes são de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, locais que precisam muito de assistência”.

Gilliarde enfatizou ainda a importância do conhecimento. “O curso vai ajudar muito a região do Juruá, principalmente o município de Tarauaca, onde se formou o maior número de educandos, pois a educação do campo e as novas formas de produzir chegando ao produtor, faz com que ele se mantenha no meio rural tirando o sustento da família”.

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