Hoje, 11 de junho de
2012, posso afirmar com tranqüilidade que o Espírito Santo é o centro da
cafeicultura mundial, por realizar a Conferencia Internacional de Coffea
Canephora – Cem anos de história e evolução do Conilon no Estado do Espírito
Santo - Brasil, com o foco histórico e técnico da caminhada de 100 anos, quando
foram plantadas as primeiras mudas.
Uma epopéia tem de ser
comemorada com todas as pompas. Foram necessários 100 anos da iniciativa do
Governo Jerônimo de Souza Monteiro, que trouxe duas mil mudas e cincoenta
quilos de sementes e as distribuiu aos produtores rurais. Antevendo o futuro,
Jeronimo Monteiro disse que o café era de excelente qualidade, o que estamos
comprovando nos últimos anos. De patinho feio e sendo mesmo considerado como um
veneno, hoje o nosso conilon trás delegações dos seguintes países produtores:
Costa do Marfim, Indonésia, Uganda, Costa Rica e Vietnã.
Eles estão vindo ao
nosso única e exclusivamente para conhecerem a nossa evolução e o nosso sucesso
na pesquisa e na condução do conilon. Mas é importante dizer que o ponto que
chegamos foi graças a um somatório de ações que tem início com o genial e
esquecido governador Jerônimo de Souza Monteiro. Temos ainda Eduardo Glazar e
Dário Martinelli, que como políticos souberam usar o poder para perenizarem o
conilon, faziam mudas de conilon e as distribuía. Jonice Tristão com a
Realcafé. Jair Coser, como representante capixaba na Junta do IBC defendeu,
juntamente com Eduardo Glazar, o financiamento para o plantio do conilon. Foram
vitoriosos porque lutaram e se insurgiram contra a discriminação que o conilon
enfrentava.
A pesquisa, do Instituto
Brasileiro do Café- no início- e do Incaper não pode ser esquecida. Foi a
pesquisa agronômica presente aos desafios de buscar tecnologia de condução das
lavouras, materiais produtivos e resistentes a seca, que nos colocou em
evidencia em todo Mundo. Foi aqui que a
ciência deu a sua contribuição, mas é quase sempre esquecida.
Se hoje o nosso destaque
é pelo lado positivo, temos de lembrar dos nossos bravos cafeicultores que
anonimamente nas sua propriedades souberam manejar com competência o heróico
conilon. Os milhares de trabalhadores assalariados que anualmente vão para a
colheita, gente do campo e da periferia das cidades ou vindos de Minas Gerais e
da Bahia.
Hoje, 11 de junho, o
Espírito Santo é o anfitrião da Conferencia e o grande homenageado. Parabéns a
todos.
ronaldmansur@gmail.com
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