domingo, 10 de junho de 2012

CONILON CAPIXABA NO CENTRO DO MUNDO


Hoje, 11 de junho de 2012, posso afirmar com tranqüilidade que o Espírito Santo é o centro da cafeicultura mundial, por realizar a Conferencia Internacional de Coffea Canephora – Cem anos de história e evolução do Conilon no Estado do Espírito Santo - Brasil, com o foco histórico e técnico da caminhada de 100 anos, quando foram plantadas as primeiras mudas.
Uma epopéia tem de ser comemorada com todas as pompas. Foram necessários 100 anos da iniciativa do Governo Jerônimo de Souza Monteiro, que trouxe duas mil mudas e cincoenta quilos de sementes e as distribuiu aos produtores rurais. Antevendo o futuro, Jeronimo Monteiro disse que o café era de excelente qualidade, o que estamos comprovando nos últimos anos. De patinho feio e sendo mesmo considerado como um veneno, hoje o nosso conilon trás delegações dos seguintes países produtores: Costa do Marfim, Indonésia, Uganda, Costa Rica e Vietnã.
Eles estão vindo ao nosso única e exclusivamente para conhecerem a nossa evolução e o nosso sucesso na pesquisa e na condução do conilon. Mas é importante dizer que o ponto que chegamos foi graças a um somatório de ações que tem início com o genial e esquecido governador Jerônimo de Souza Monteiro. Temos ainda Eduardo Glazar e Dário Martinelli, que como políticos souberam usar o poder para perenizarem o conilon, faziam mudas de conilon e as distribuía. Jonice Tristão com a Realcafé. Jair Coser, como representante capixaba na Junta do IBC defendeu, juntamente com Eduardo Glazar, o financiamento para o plantio do conilon. Foram vitoriosos porque lutaram e se insurgiram contra a discriminação que o conilon enfrentava.
A pesquisa, do Instituto Brasileiro do Café- no início- e do Incaper não pode ser esquecida. Foi a pesquisa agronômica presente aos desafios de buscar tecnologia de condução das lavouras, materiais produtivos e resistentes a seca, que nos colocou em evidencia em todo Mundo.  Foi aqui que a ciência deu a sua contribuição, mas é quase sempre esquecida.
Se hoje o nosso destaque é pelo lado positivo, temos de lembrar dos nossos bravos cafeicultores que anonimamente nas sua propriedades souberam manejar com competência o heróico conilon. Os milhares de trabalhadores assalariados que anualmente vão para a colheita, gente do campo e da periferia das cidades ou vindos de Minas Gerais e da Bahia.
Hoje, 11 de junho, o Espírito Santo é o anfitrião da Conferencia e o grande homenageado. Parabéns a todos.
ronaldmansur@gmail.com



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