Chico de Oliveira debate “A crítica da razão dualista” na USP
Série de debates celebra 40 anos da obra que propôs uma nova forma de pensar a economia brasileira, oposta à da intelectualidade da época. As referências do sociólogo estavam no marxismo e nas teses da Cepal – as quais, para ele, fazem pouco sentido nos dias de hoje. “O Brasil é, ao mesmo tempo, centro e periferia. E, mesmo assim, é uma periferia nova”, afirma.
Da Redação*
São Paulo – Os 40 anos do ensaio "A economia brasileira: crítica à razão dualista", do sociólogo da USP Francisco de Oliveira, vêm sendo celebrados com debates em diversas universidades. Em um desses encontros, na própria USP, foi possível ouvir a avaliação de Oliveira sobre esse clássico das ciências humanas do Brasil lançado em 1972 e a pertinência de sua abordagem nos dias atuais.
No ensaio, hoje republicado em livro pela editora Boitempo, Oliveira propôs uma nova forma de pensar a economia brasileira, oposta à da intelectualidade da época. Para ele, os intelectuais de então mantinham esquemas teóricos da economia de mercado ao analisar a pobreza nos países periféricos. Essa dualidade levava a visões reformistas que reduziam a luta de classes à demanda.
As referências do sociólogo estavam no marxismo e nas teses da Cepal – as quais, para ele, fazem pouco sentido nos dias de hoje. “A teoria cepalina, que orientou a política econômica de quase todos os países da América Latina, perdeu os pés, já que a teoria centro-periferia está completamente reestruturada”, disse ele, no debate realizado dia 25 de setembro.
Oliveira lembrou que a globalização traz novos desafios à compreensão teórica do Brasil, já que muda “os termos da relação centro-periferia”. “O Brasil é, ao mesmo tempo, centro e periferia. E, mesmo assim, é uma periferia nova”, afirmou.
Em 2003, ele publicaria “Crítica à razão dualista/ O ornitorrinco” (Boitempo). Além do relançamento do texto clássico, o novo ensaio (O ornitorrinco) usava a imagem desse animal meio mamífero, meio ave para explicar o capitalismo de um Brasil que não se enquadrava nos modelos teóricos formais existentes.
Próximo debate sobre os 40 anos de "A economia brasileira: crítica à razão dualista"
04/10 | Quinta-feira | 17h30 | São Paulo (SP)
FFLCH-USP
Anfiteatro de história
Av. Prof. Lineu Prestes, 338 | Cidade Universitária
Com a presença de Francisco de Oliveira, Marcelo Ridenti, Roberto Schwarz e Paul Singer
*Com informações de Ana Paula Salviatti
No ensaio, hoje republicado em livro pela editora Boitempo, Oliveira propôs uma nova forma de pensar a economia brasileira, oposta à da intelectualidade da época. Para ele, os intelectuais de então mantinham esquemas teóricos da economia de mercado ao analisar a pobreza nos países periféricos. Essa dualidade levava a visões reformistas que reduziam a luta de classes à demanda.
As referências do sociólogo estavam no marxismo e nas teses da Cepal – as quais, para ele, fazem pouco sentido nos dias de hoje. “A teoria cepalina, que orientou a política econômica de quase todos os países da América Latina, perdeu os pés, já que a teoria centro-periferia está completamente reestruturada”, disse ele, no debate realizado dia 25 de setembro.
Oliveira lembrou que a globalização traz novos desafios à compreensão teórica do Brasil, já que muda “os termos da relação centro-periferia”. “O Brasil é, ao mesmo tempo, centro e periferia. E, mesmo assim, é uma periferia nova”, afirmou.
Em 2003, ele publicaria “Crítica à razão dualista/ O ornitorrinco” (Boitempo). Além do relançamento do texto clássico, o novo ensaio (O ornitorrinco) usava a imagem desse animal meio mamífero, meio ave para explicar o capitalismo de um Brasil que não se enquadrava nos modelos teóricos formais existentes.
Próximo debate sobre os 40 anos de "A economia brasileira: crítica à razão dualista"
04/10 | Quinta-feira | 17h30 | São Paulo (SP)
FFLCH-USP
Anfiteatro de história
Av. Prof. Lineu Prestes, 338 | Cidade Universitária
Com a presença de Francisco de Oliveira, Marcelo Ridenti, Roberto Schwarz e Paul Singer
*Com informações de Ana Paula Salviatti
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