segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Qualidade da alimentação e combate à obesidade são prioridades para governo federal

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17/08/2015 17:06

Para enfrentar desafios, sociedade civil e governos discutem políticas durante 
conferências estaduais de segurança alimentar e nutricional, que estão sendo 
realizadas em agosto e setembro
Brasília, 14 – Depois da saída do Mapa Mundial da Fome em 2014, o Brasil enfrenta 
novos desafios para assegurar a segurança alimentar da população. Uma das prioridades
 é a qualidade da alimentação, por meio da oferta de alimentos mais saudáveis, 
diversificados e que respeitem a cultura alimentar local. O combate ao sobrepeso 
e à obesidade (decorrentes da má alimentação) e a redução da insegurança alimentar 
e nutricional de grupos populacionais específicos também estão na agenda.

Para debater e propor ações que promovam a alimentação adequada no país, 
representantes da sociedade civil e dos governos municipais, estadual e federal 
discutem as ações e políticas durante as conferências estaduais de segurança 
alimentar e nutricional, que estão sendo realizadas nos meses de agosto e setembro.
 Durante o encontro, os participantes debatem propostas para evolução das políticas
 setoriais, como o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), 
além de eleger delegados que participarão da Conferência Nacional de Segurança 
Alimentar e Nutricional, em Brasília, entre os dias 3 e 6 de novembro.

Conquistas – O sucesso da estratégia brasileira de combate à fome foi reconhecido
 mundialmente em 2014, quando o país deixou o Mapa da Fome da Organização das 
Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), por ter menos de 5% da 
população em situação de insegurança alimentar. Entre 2002 e 2014, o Brasil reduziu 
em 84,9% o número de subalimentados, como resultado de um conjunto de políticas
 de aumento da renda, e do fortalecimento da agricultura familiar. “O grande mérito 
da superação da fome no Brasil é que o combate à subalimentação deixou de ser 
uma questão filantrópica para ser o centro das políticas públicas do nosso país”, 
destaca o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo 
de Campos.

Superada a fome como problema estrutural, o país atua para reduzir o consumo de 
alimentos processados e ultraprocessados, alcançar a recomendação da Organização 
Mundial de Saúde no consumo de frutas e hortaliças e dar prioridade ao consumo de
 preparações feitas com alimentos in natura e minimamente processados, como o 
tradicional arroz com feijão.

Dados do Ministério da Saúde relacionados a indicadores alimentares nas capitais 
brasileiras (Vigitel, 2014) apontam que 52,5% da população adulta encontra-se com
 excesso de peso e 17,9% com obesidade. O consumo de leite com alto teor de
 gordura é alto – 52,9% dos adultos consomem. Já a quantidade de adultos que 
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consomem frutas e hortaliças em cinco ou mais dias da semana é de apenas 36,5%.


Produção – Para combater isso, o governo federal está reforçando a articulação de um conjunto de políticas intersetoriais, ampliando as políticas de inclusão produtiva rural da população, com ações para fortalecer a produção, o abastecimento e a comercialização dos alimentos, além da consolidação do Sisan.

Entre as iniciativas, destacam-se o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), cujo percentual mínimo de aquisição de alimentos da agricultura familiar é de 30%, e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra produtos da agricultura familiar – em geral, 
a partir da produção local – e os distribui entre a população em situação de vulnerabilidade.

Por meio do PAA, os agricultores familiares brasileiros aprendem a planejar a produção,
 regularizar o fornecimento e garantir a qualidade dos alimentos produzidos. Em 2014, o 
governo federal investiu R$ 573,3 milhões na aquisição de produtos. Já, para a merenda 
escolar, foram investidos mais R$ 704,8 milhões na compra direta dos agricultores familiares.

O mesmo ocorre com as compras governamentais, feitas por meio da modalidade Compra 
Institucional, do PAA. Criado em 2012, o modelo permite que municípios, estados e órgãos 
federais comprem, com recursos financeiros próprios, produtos da agricultura familiar de 
forma simplificada e segura. E uma nova medida anunciada no Plano Safra da Agricultura
 Familiar 2015/2016 determina que, a partir de agora, os órgãos federais (administração 
direta e indireta) deverão destinar, no mínimo, 30% dos recursos aplicados na aquisição 
de alimentos para a compra de produtos da agricultura familiar.

Outra estratégia para melhorar a produtividade é por meio da Assistência Técnica e 
Extensão Rural (Ater). No país, 354,6 mil agricultores familiares já têm acesso garantido 
a estes serviços. Além disto, 179,1 mil estão sendo atendidos pelo Programa de Fomento
 às Atividades Produtivas Rurais, que alia os serviços de assistência técnica e extensão 
rural a transferência de recursos não reembolsáveis.

Informações sobre os programas do MDS:
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Informações para a imprensa:
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(61) 2030-1021
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