17/08/2015 15:20
Famílias do acampamento Nova Esperança, em Anastácio (MS), vivem dia de ansiedade e alegria ao conquistarem sua casa própria
Brasília, 17 – O dia ainda amanhece em Anastácio. A cidade do Pantanal sul-matogrossense tem pouco mais de 24 mil habitantes e fica a 136 km da capital do estado. Sem parar, os caminhões de mudança entram e saem do acampamento Nova Esperança. “Conseguimos muita coisa desde que mudamos pra cá, nos preparamos para esse dia”, conta Rita Fernandes da Silva, de 54 anos.
Ubirajara Machado/MDS
O dia esperado por Rita (10 de agosto de 2015) foi de mudança. Assim como ela, 300 famílias viveram oito anos em barracos de madeira, lona, papelão. E agora estão atravessando a BR-262 para, a pouco mais de um 1 km, ocupar uma nova casa. Nesta data, eles recebem as chaves no Residencial Cristo Rei, construído com recursos dos programas de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e Minha Casa Minha Vida.
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“Assim que entregarem a chave, vamos limpar [a casa] e nos mudar”, afirma Rita. “Quando chegamos aqui, ficamos morando debaixo de uma árvore”, explica. Foram vários despejos e reintegrações de posse, ao longo dos anos. Até alcançar seu objetivo. “Agora, conseguimos a casa.”
Ubirajara Machado/MDS
A ansiedade de Rita também está no rosto das demais pessoas que vão pegar suas chaves. Os caminhões de mudança aguardam o fim da cerimônia, do lado de fora do residencial. Centenas de pessoas vão chegando, a pé, de bicicleta e automóvel. Com vassouras e rodos nas mãos, vão preparar a nova casa. Outros fazem fila para solicitar a ligação de água e energia. Crianças correm, explorando todos os cantos do local, com quadra poliesportiva, academia, posto de saúde, creche, escola em construção, avenida e ruas pavimentadas. Tudo com sinalização e acessibilidade.
Ubirajara Machado/MDS
Como se não acreditassem, algumas pessoas tocam nas paredes da nova casa. “O meu barraco, com esse tempo de vento, achei que fosse voar. O vento entrava e a lona subia. Era um barraco de lona coberto com palha. Sempre corremos risco de incêndios. Muitos acidentes aconteciam. Tinha que dormir com um olho fechado e outro aberto”, lembra Benedita Ramos da Silva, 38 anos. Sua residência agora tem forro no teto, piso frio e é atendida pela rede de saneamento básico. “Aqui temos a casa da gente, com mais segurança”, explicou. O marido José Pereira de Souza, 54 anos, concorda.
Ubirajara Machado/MDS
A noite começa a cair... E o movimento não para. Os caminhões ainda chegam carregados. Descem a mudança e já partem de volta, para trazer os pertences e a esperança de outras famílias. Vizinhos já combinam mutirões, para levantar muros e plantar quintais. Os sonhos, de quem não tinha um teto digno para proteger sua família, se realizavam. “Agora tenho fé que vai melhorar mil por cento”, conta Benedita.
Ubirajara Machado/MDS
A maioria dos moradores do novo condomínio recebe a complementação de renda do Bolsa Família. “A moradia vai somar. Muitas dessas pessoas já eram qualificadas profissionalmente e acompanhadas pela assistência social. Mas, faltava alguma coisa. Faltava essa moradia digna”, conclui a secretária municipal de Assistência Social de Anastácio, Jane Aparecida Pedroso.
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