sábado, 28 de novembro de 2015

Seminário discute perspectivas da agroindustrialização na reforma agrária



Publicado dia 25/11/2015
 
A agroindustrialização como estratégia de desenvolvimento dos assentamentos foi o tema principal de seminário organizado pela Universidade de Brasília (UnB) em parceria com o Incra, nesta terça-feira (24), em Brasília.
 
O evento abordou as perspectivas de industrialização de empreendimentos rurais e a elaboração de projetos de fortalecimento de cadeias produtivas da agricultura familiar. Participaram do debate servidores da Diretoria de Desenvolvimento do Incra, técnicos contratados pela Universidade para elaborar projetos de agroindustrialização em assentamentos - conforme previsto em acordo de cooperação com a autarquia -, além de representantes de movimentos sociais.
 
Na abertura do seminário a presidente do Incra, Maria Lúcia Falcón, falou sobre as estratégias institucionais adotadas para promover a agroindustrialização das áreas de reforma agrária. Ela  enfatizou que as principais metas são incentivar a agroecologia e o cooperativismo, inserir os assentamentos em cadeias produtivas locais e agregar valor à produção para garantir a produção de alimentos saudáveis, a geração de emprego e renda.
 
Segundo Lúcia Falcón, a proposta é que os empreendimentos apoiados nos assentamentos tenham controle e domínio das cadeias produtivas, desde a geração de insumos até os processos de beneficiamento e comercialização da produção para assegurar mais renda aos beneficiários da reforma agrária.
 
Avaliações
O dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Milton Fornazieri, enfatizou que o poder público deve aumentar o apoio às cooperativas da agricultura familiar, com  capacitação técnica, linhas de crédito e políticas de comercialização. “Os pequenos empreendimentos são fonte importante de emprego e renda. Precisamos ampliar a assistência técnica nos assentamentos e a capacitação dos agricultores para darmos um salto na organização e qualificação desses empreendimentos", disse.
 
O representante da Fundação Mundukide, da Espanha, José Luislejardi, destacou que a capacitação de todos envolvidos é fundamental para assegurar o desenvolvimento de cooperativas e outras organizações produtivas. “Sem qualificação a gestão desses empreendimentos está sob risco”. Ele explicou que a meta da fundação é incentivar o cooperativismo e fortalecer pequenos empreendimentos urbanos e rurais, citando experiências apoiadas em diversos países.
 
Parcerias
Para qualificar projetos - que serão financiados pelos programas Terra Sol e Terra Forte -, o Incra firmou termos de cooperação com instituições públicas de ensino para elaborar e assessorar propostas de implantação de agroindústrias em assentamentos. Atualmente estão em vigor parcerias com a Universidade de Brasília e as universidades federais de Santa Catarina e do Maranhão.
 
A cooperação com a UnB contempla a elaboração de projetos para cooperativas e associações de assentamentos no Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rondônia que serão financiados pelos citados programas.
 
Assessoria de Comunicação Social do Incra
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