Tatiana Félix
Adital
Diante do atual cenário de intensas manifestações e de polarização política no Brasil, instituições religiosas divulgam manifestos pedindo paz, diálogo e discernimento para a garantia do processo democrático no país. A Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM) ressalta a importância da defesa da democracia e conclama o povo a "repudiar qualquer ato de intolerância e ódio que está se espalhando sobre as nossas cidades, contra pessoas de movimentos sociais e da esquerda, por insuflar uma convulsão social e a barbárie”.
Em manifesto público, a IPDM pede que a população fique atenta às verdadeiras vias de informação e justiça e condena o vazamento seletivo de informações nos processos de investigação que envolvem suspeitos e réus de várias vertentes políticas, na Operação Lava Jato. Critica a tentativa de se fazer sensacionalismo visando a promover "um ou outro herói da nação”.
Neste sentido, faz um alerta sobre os movimentos que são favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores –PT), já que estes seriam patrocinados por "políticos de conhecida conduta de perseguição aos direitos humanos”.
"Indicamos o fortalecimento, nas ruas, das frentes nacionais de mobilização do povo, conhecidas como Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, bem como a 25ª Caravana dos Movimentos Sociais da Zona Leste para Brasília. É por aí que lutaremos pela igualdade de mulheres, negros, indígenas e pobres, por efetivação da educação, saúde, emprego e investimentos, em avanços socioeconômicos que respeitem a terra, as brasileiras e os brasileiros”, defende o IPDM.
Após a reunião do seu Conselho Permanente, nos últimos dias 08 a 10 de março, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta-se, com preocupação, sobre o 'grave momento' político pelo qual passa o país. Em nota, a entidade afirma que "vivemos uma profunda crise política, econômica e institucional que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e organização de toda a sociedade”. De acordo com a CNBB, "o momento atual não é de acirrar ânimos. A situação exige o exercício do diálogo à exaustão. As manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado. Devem ser pacíficas, com o respeito às pessoas e instituições. É fundamental garantir o Estado democrático de direito”.
Ressaltando a importância do diálogo, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) declara, também em nota, que o diálogo é "um dos componentes imprescindíveis para que a democracia cresça e floresça” e lembra que a democracia foi conquistada "a duras penas”, no Brasil. "Diálogo é a interação entre pessoas através da palavra. Porém, acompanhando as notícias em nosso país, hoje, fica-se com a nítida impressão de que estamos desaprendendo a dialogar. Há um clima de crescente tensão. Em lugar da palavra, são colocados gritos, empurrões. Cresce o confronto a qualquer custo. Será que estamos esquecendo o que conquistamos a duras penas? Cansamo-nos da bendita oportunidade de viver a democracia que se constrói com diálogo?”, questiona.
Já para a Igreja Episcopal Anglicana, as investigações de corrupção devem ser enfrentadas com a lei e somente dentro dela, sem interferência de segmentos empresariais, e a exarcebação de ânimos não deve ultrapassar os limites das liberdades constitucionais, nem devem sofrer recuo. "Interesses corporativos de órgãos da grande mídia não podem e não devem ser ideologicamente seletivos e nem condenar, a priori, ninguém por causa de seu perfil ideológico. A tentativa de desqualificar pessoas, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem provas concretas, bem como outras pessoas com perfil político mais à esquerda, é uma nítida estratégia corporativa, que não ajuda no processo de esclarecimento da verdade. Apenas acentua o caráter político e agrava a tensão no meio da sociedade”, declara a instituição.
Por fim, faz um apelo para que "se respeite o estado democrático de direito e se evite qualquer manobra de desconstrução do resultado das urnas; e se respeite a livre manifestação do pensamento dentro de padrões que não contemplem o ódio e a violência contra pessoas e grupos”.
Diante do que chama de ‘polarização estimulada por uma mídia partidarizada e tendenciosa’, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) exorta o povo brasileiro a expressar, pacificamente, sua opinião e posição sobre o momento, e evitar o incentivo e a prática de qualquer tipo de violência e ilegalidade. "Precisamos, antes de tudo, preservar a nossa jovem democracia, o Estado de direito e as conquistas sociais que a sociedade brasileira alcançou nos últimos anos", defendeu.
Em manifesto público, a IPDM pede que a população fique atenta às verdadeiras vias de informação e justiça e condena o vazamento seletivo de informações nos processos de investigação que envolvem suspeitos e réus de várias vertentes políticas, na Operação Lava Jato. Critica a tentativa de se fazer sensacionalismo visando a promover "um ou outro herói da nação”.
Neste sentido, faz um alerta sobre os movimentos que são favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores –PT), já que estes seriam patrocinados por "políticos de conhecida conduta de perseguição aos direitos humanos”.
"Indicamos o fortalecimento, nas ruas, das frentes nacionais de mobilização do povo, conhecidas como Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, bem como a 25ª Caravana dos Movimentos Sociais da Zona Leste para Brasília. É por aí que lutaremos pela igualdade de mulheres, negros, indígenas e pobres, por efetivação da educação, saúde, emprego e investimentos, em avanços socioeconômicos que respeitem a terra, as brasileiras e os brasileiros”, defende o IPDM.
Após a reunião do seu Conselho Permanente, nos últimos dias 08 a 10 de março, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta-se, com preocupação, sobre o 'grave momento' político pelo qual passa o país. Em nota, a entidade afirma que "vivemos uma profunda crise política, econômica e institucional que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e organização de toda a sociedade”. De acordo com a CNBB, "o momento atual não é de acirrar ânimos. A situação exige o exercício do diálogo à exaustão. As manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado. Devem ser pacíficas, com o respeito às pessoas e instituições. É fundamental garantir o Estado democrático de direito”.
Ressaltando a importância do diálogo, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) declara, também em nota, que o diálogo é "um dos componentes imprescindíveis para que a democracia cresça e floresça” e lembra que a democracia foi conquistada "a duras penas”, no Brasil. "Diálogo é a interação entre pessoas através da palavra. Porém, acompanhando as notícias em nosso país, hoje, fica-se com a nítida impressão de que estamos desaprendendo a dialogar. Há um clima de crescente tensão. Em lugar da palavra, são colocados gritos, empurrões. Cresce o confronto a qualquer custo. Será que estamos esquecendo o que conquistamos a duras penas? Cansamo-nos da bendita oportunidade de viver a democracia que se constrói com diálogo?”, questiona.
Já para a Igreja Episcopal Anglicana, as investigações de corrupção devem ser enfrentadas com a lei e somente dentro dela, sem interferência de segmentos empresariais, e a exarcebação de ânimos não deve ultrapassar os limites das liberdades constitucionais, nem devem sofrer recuo. "Interesses corporativos de órgãos da grande mídia não podem e não devem ser ideologicamente seletivos e nem condenar, a priori, ninguém por causa de seu perfil ideológico. A tentativa de desqualificar pessoas, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem provas concretas, bem como outras pessoas com perfil político mais à esquerda, é uma nítida estratégia corporativa, que não ajuda no processo de esclarecimento da verdade. Apenas acentua o caráter político e agrava a tensão no meio da sociedade”, declara a instituição.
Por fim, faz um apelo para que "se respeite o estado democrático de direito e se evite qualquer manobra de desconstrução do resultado das urnas; e se respeite a livre manifestação do pensamento dentro de padrões que não contemplem o ódio e a violência contra pessoas e grupos”.
Diante do que chama de ‘polarização estimulada por uma mídia partidarizada e tendenciosa’, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) exorta o povo brasileiro a expressar, pacificamente, sua opinião e posição sobre o momento, e evitar o incentivo e a prática de qualquer tipo de violência e ilegalidade. "Precisamos, antes de tudo, preservar a nossa jovem democracia, o Estado de direito e as conquistas sociais que a sociedade brasileira alcançou nos últimos anos", defendeu.
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