sábado, 2 de fevereiro de 2013

Caça volta a dizimar elefantes na África


Caça volta a dizimar elefantes na África

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Comércio internacional do marfim e pobreza realimentam matança que havia recuado durante duas décadas
Por Gabriela Leite
A caça aos elefantes na África, que teve seu auge nos anos 80 (quando mais da metade da população foi morta) e havia diminuído de forma considerável nos últimos 20 anos, voltou recentemente a aumentar. O aumento do consumo internacional de marfim e a falta de fiscalização em países africanos, resultaram em números alarmantes. Em 2011, cerca de 25 mil animais foram mortos para extração de suas presas. O fenômeno reverte um acordo mundial firmado em 1990, para proibição do comércio das presas.Acredita-se que uma das responsáveis por esse aumento tenha sido a China. O país tornou-se o principal comprador de marfim. A Nigéria funciona como a grande vendedora e entreposto do marfim bruto para o país asiático, comprando-o de caçadores ilegais que atuam em outras nações africanas. Em Lagos, capital, as presas são vendidas livremente, nas ruas. Em alguns mercados, a presença de peças aumentou mais de três vezes, se comparada com o ano de 2002. 
Em alguns países, como o Quênia, os caçadores são contidos — mas de maneira precária e brutal. Grupos para-militares postados nas regiões de presença de elefantes (e apoiados pelo governo) confrontam-se a tiros com os caçadores. Integrantes destas milícias afirmam abertamente que atiram para matar. Alegam que, do contrário, a lentidão da justiça queniana deixará os caçadores soltos.
Continuam faltando soluções internacionais. Por conta da grande pobreza na África, as vantagens para quem mata os elefantes em busca de suas presas são, às vezes, maiores que os riscos que se corre ao fazê-lo.

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