segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Crise mundial é tema do 12º Boletim Internacional


Publicação apresenta pesquisas realizadas por técnicos e bolsistas da Dinte/Ipea

Ipea
Este texto possuí um arquivo PDF para leitura.
Clique aqui para acessá-lo na íntegra.


A décima segunda edição do Boletim de Economia e Política Internacional, publicação da Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Dinte) do Ipea, abrange discussões e apontamentos de pesquisas realizadas pela diretoria no último trimestre de 2012. Mantendo ao caráter temático de cada edição, nesta, o boletim traz como foco a atualcrise financeira mundial e suas consequências para o Brasil e o mundo.

O objetivo da publicação é compreender os impactos da crise na economia e na política, em diferentes regiões do mundo, bem como o posicionamento estratégico dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e das principais potências mundiais na busca do seu enfrentamento e superação.

Edison Benedito da Silva Filho, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, abre este número com um artigo que apresenta a trajetória da exposição cambial das empresas exportadoras brasileiras desde 2008 até o período recente e analisa seus impactos para a vulnerabilidade da economia do país. 

O autor explica que as dificuldades impostas às empresas brasileiras pela deterioração do ambiente econômico internacional ao longo de 2008 foram agravadas pelos impactos da brusca desvalorização do real frente ao dólare do congelamento do mercado de câmbio no país, após a falência do banco americano Lehman Brothers, em setembro daquele ano.

O texto evidencia que é necessário um monitoramento governamental efetivo do mercado doméstico de derivativos e do grau de exposição cambial do setor privado

Multilateralismo
Vera Thorstensen, bolsista do Instituto e pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), discute, no artigoImpactos da Crise Econômica e Financeira na Regulação do Comércio Internacional, os desafios da agenda do multilateralismo diante do recrudescimento da crise, que tem incentivado os países a buscarem, nos acordos preferenciais de comércio, uma alternativa para promover a integração econômica e política. 

A autora destaca que as negociações da Rodada Doha, iniciadas em 2001, encontram-se bloqueadas, desde 2008, pela falta de interesse político de seus membros em concluir mais uma etapa do processo de liberalização e estabelecimento de novas regras para o comércio internacional. A autora defende que a estagnação abala o sistema de comércio, que se vê pressionado pela necessidade de avançar na negociação de novos temas de regulação.

O quadro internacional, segundo o texto, é de fragmentação da estrutura de regulação do comércio, com a multiplicidade de foros e os inevitáveis conflitos de regras. Nesse contexto, argumenta Thorstensen, o Brasil deveria abrir diversas frentes de negociação, não só para explorar vantagens e desvantagens comerciais, mas também para sinalizar aos setores industriais e de serviços que o país não pode ficar isolado no cenário atual.

Os demais artigos abordam a situação da Rússia em meio à crise econômica internacional; regionalismo concorrente no leste asiático; acordos de investimento na América do Sul; e a transição de poder global na segunda década do séc. XXI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário