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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) rechaçaram, nesta quarta-feira, que o Governo de Juan Manuel Santos continue obstacularizando a participação da cidadania nos Diálogos de Paz, que acontecem em Havana, Cuba.
Do Palácio de Convenções da capital caribenha, sede as conversações, o guerrilheiro Seuxis Paucias Hernández Solarte, conhecido como "Jesus Santrich”, insistiu que a participação do povo "é um assunto que não pode ser obstruído pelo Estado”.
Em um comunicado, as Farc destacaram que os funcionários e a representação do governo colombiano nas negociações de paz devem entender que a intervenção da cidadania nas conversas não pode ser criminalizada.
Na terceira jornada do quinto ciclo de conversas, a insurgência acrescentou que, segundo o Direito Internacional e diversos especialistas, "este direito (à participação) não é fator de justiça, e sim que além de judicial, é exigível diante dos tribunais”.
No texto, as Farc também insistiram na necessidade de uma assembleia constituinte para referendar os eventuais acordos na mesa de diálogos, "um processo constituinte que sedimente e assegure a paz para o futuro da Colômbia”.
Nesse contexto, nesta quarta-feira, serão instaladas em Bogotá (capital colombiana) assembleias constituintes da paz com justiça social, nas quais mais de mil organizações vão elaborar propostas para as negociações entre o governo e as Farc.
Representantes de diversas regiões e setores sociais abordarão a situação atual do conflito social e armado, impactos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, e as demandas da região para uma solução política.
Mais de 150 personalidades e representantes estarão presentes. Entre eles, o ex-ministro da Minas e Energia, Alvaro Leyva; a ex-senadora Piedad Córdoba e o diretor do semanário Voz e integrante de Colombianos e Colombianos Pela Paz, Carlos Lozano.
A notícia é da TeleSUR.
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