segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

MERCOSUL criou novo Fundo da Agricultura Familiar para apoiar pequenos agricultores



Mais de 30 milhões de pessoas na Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai dependem da agricultura familiar para sua subsistência, informou hoje a FAO.

Santiago do Chile, 25 de fevereiro de 2013 -  A Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do MERCOSUL (REAF) criou um novo fundo para apoiar a agricultura familiar, setor do qual mais de 30 milhões de pessoas dependem para sua subsistência na Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai, disse hoje a FAO. 
O Fundo da Agricultura Familiar do MERCOSUL, FAF-MERCOSUL, será administrado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). 
Segundo a FAO, 80% das explorações agrícolas da América Latina e Caribe são parte da agricultura familiar. Além disso, a agricultura familiar gera mais de 70% do emprego agrícola na região. 
Estima-se que no países do MERCOSUL existam 5,2 milhões de estabelecimentos que são conduzidos por agricultores familiares, muitos dos quais enfrentam limitações graves em termos de financiamento, acesso a mercados, serviços de extensão rural, integração às cadeias de valor e assistência técnica, que não permitem que este setor se desenvolva em sua plena capacidade. 
O Representante Regional da FAO, Raul Benitez, disse que os países do MERCOSUL têm sido pioneiros em reconhecer a importância da agricultura familiar e em dar apoio constante a estes pequenos agricultores, por meio de iniciativas como a Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do MERCOSUL (REAF). 
Segundo a FAO, a agricultura familiar é um setor fundamental na produção agrícola e na segurança alimentar dos países do MERCOSUL: no Brasil, contribui com 38% da produção agropecuária, 30% no Uruguai, 25% no Chile, 20% no Paraguai, 19% na Argentina. 
“Tomando em conta que o Cone Sul da América Latina é o principal produtor de alimentos da região, fica claro que o aporte que fazem as agricultoras e os agricultores familiares à segurança alimentar, às economias nacionais e à disponibilidade de alimentos os converte em protagonistas na luta contra a fome”, explicou Raul Benitez, Representante Regional da FAO para a América Latina e Caribe. 
agenda estratégica da REAF junto à FAO será discutida em um seminário, na cidade de Santiago, no Chile, dias 26 e 27 de fevereiro, no Escritório Regional da FAO. 
Participarão do seminário Francisco Pierri, Chefe da Assessoria Internacional e Promoção Comercial do Ministério do Desenvolvimento Agrário do Brasil; Carla Campos Bilbao, da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina; José Olascuaga, Secretário Geral de Desenvolvimento Rural do Ministério da Pecuária do Uruguai; Rafael Goldsack, do Ministério da Agricultura do Chile; Lautaro Viscay, da Secretaria Técnica da REAF; e Raul Benitez, Representante Regional da FAO, Raul Benitez.
30 milhões de pessoas vivem da agricultura familiar n MERCOSUL
Segundo a FAO, além das 20 milhões de pessoas diretamente envolvidas nas propriedades de agricultura familiar, este setor também dá emprego a cerca de 10 milhões de pessoas que não pertencem a estas famílias. 
“Isto significa que a renda de mais de 30 milhões de pessoas no Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, 60% da população rural do MERCOSUL, está diretamente vinculada às atividades nas propriedades da agricultura familiar”, explicou Benitez, dimensionando o alcance do setor. 
Benitez acrescentou que apoiar a agricultura familiar é apoiar a luta contra a fome, já que este setor produz um enorme percentual dos alimentos da América Latina e Caribe, apesar de enfrentar grandes carências. “O potencial escondido da agricultura familiar no MERCOSUL é simplesmente imenso”, disse. 

Mais informações:


Contatos de imprensa:
Benjamin Labatut –Imprensa do Escritório Regional da FAO
Tel: (56-2) 2 9232174 – Santiago - Chile
Twitter: @faonoticias

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