Como a maré de cidadãos búlgaros e romenos que têm inundado a Alemanha não dá sinais de enfraquecimento, as autoridades alemãs pediram aos dois países que controlem o êxodo por meio do aumento dos esforços para integrar os ciganos em suas próprias sociedades. A migração motivada pela pobreza, afirmam as autoridades da Alemanha, deve ser combatida na fonte.
Der Spiegel
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Ciganos romenos juntam seus pertences para deixar a cidade de Evry, perto de Paris
Embora não existam números oficiais, acredita-se que uma parte considerável de imigrantes desses dois países seja formada por membros da minoria cigana, que geralmente não são escolarizados e muitas vezes sofrem de problemas de saúde – e, portanto, têm muito menos chance de encontrar um emprego. Esses números devem aumentar ainda mais quando as restrições trabalhistas vigentes para os migrantes romenos e búlgaros forem levantadas, em 2014, após o término do período de transição de sete anos a que foram submetidos os dois países desde que aderiram à UE.
"Imigração relacionada à pobreza"
Enquanto isso, a ministra da Justiça da Alemanha, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, repetiu as declarações de Friedrich. "Muitos ciganos fugiram de suas casas por causa da discriminação e da pobreza resultante dessa discriminação", disse ela ao diário conservador Frankfurter Allgemeine Zeitung. "A migração relacionada à pobreza deve ser tratada na raiz".
Um problema "previsível"
As últimas declarações das autoridades alemãs seguem a mesma linha de um memorando divulgado no final de janeiro pela Associação das Cidades Alemãs, que identificou o aumento dos problemas com os imigrantes pobres da Romênia e da Bulgária. O Departamento de Estatística Federat registrou um aumento de 24% no número de migrantes desses países durante o primeiro semestre de 2012. E o número mais do que dobrou desde 2007.
Com a disparada no número de pessoas que solicitam benefícios sociais, as autoridades das maiores cidades da Alemanha estão se queixando do crescimento dos gastos, além do aumento da prostituição, da mendicância e do trabalho ilegal. Diante desse cenário, a associação, que representa os interesses dos municípios alemães, solicitou ao governo federal, em Berlim, e à União Europeia, em Bruxelas, para que coloquem mais ênfase na questão e promovam a melhoria das condições de vida desses imigrantes em seus países de origem. O memorando afirma que esse resultado da expansão da UE, que transformou Romênia e Bulgária em membros do bloco de países, era "previsível".
"A atual onda de migração proveniente da Romênia e da Bulgária é um problema que só pode ser enfrentado por meio da cooperação coordenada entre os atores relevantes do governo federal, do país e da UE". Os municípios argumentam que essa não é uma questão de "isolar a Alemanha da onda de imigração", mas de "criar boas condições para a integração".
Com o memorando, as cidades disseram que pretendem lançar um debate sobre a melhor maneira para lidar com a questão. "Nós não queremos fazer generalizações indiscriminadas sobre os cidadãos europeus provenientes da Romênia e da Bulgária, e não podemos aceitar que esses problemas locais sirvam para promover o pensamento dos extremistas de direita".
Em 2011, na vizinha República Tcheca, os extremistas de direita atacaram os ciganos em uma área de fronteira próxima à Alemanha. Ataques semelhantes foram amplamente divulgados na Hungria.
Com a disparada no número de pessoas que solicitam benefícios sociais, as autoridades das maiores cidades da Alemanha estão se queixando do crescimento dos gastos, além do aumento da prostituição, da mendicância e do trabalho ilegal. Diante desse cenário, a associação, que representa os interesses dos municípios alemães, solicitou ao governo federal, em Berlim, e à União Europeia, em Bruxelas, para que coloquem mais ênfase na questão e promovam a melhoria das condições de vida desses imigrantes em seus países de origem. O memorando afirma que esse resultado da expansão da UE, que transformou Romênia e Bulgária em membros do bloco de países, era "previsível".
"A atual onda de migração proveniente da Romênia e da Bulgária é um problema que só pode ser enfrentado por meio da cooperação coordenada entre os atores relevantes do governo federal, do país e da UE". Os municípios argumentam que essa não é uma questão de "isolar a Alemanha da onda de imigração", mas de "criar boas condições para a integração".
Com o memorando, as cidades disseram que pretendem lançar um debate sobre a melhor maneira para lidar com a questão. "Nós não queremos fazer generalizações indiscriminadas sobre os cidadãos europeus provenientes da Romênia e da Bulgária, e não podemos aceitar que esses problemas locais sirvam para promover o pensamento dos extremistas de direita".
Em 2011, na vizinha República Tcheca, os extremistas de direita atacaram os ciganos em uma área de fronteira próxima à Alemanha. Ataques semelhantes foram amplamente divulgados na Hungria.
Tradutor: Cláudia Gonçalves
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