Nesta semana, tive a oportunidade de dar palestra no Fórum Estadual do Leite, realizado na Expodireto, belíssima feira promovida pela Cotrijal, em Não-Me-Toque, RS. A Cotrijal é uma das associadas da CCGL, a Cooperativa Central Gaúcha de Laticínios que, após construir uma das mais modernas fábricas de laticínios do país, está agora ampliando a capacidade, com capacidade de passar dos 2 milhões de litros diários quando a obra for finalizada.
A CCGL tem uma longa história no leite gaúcho, história esta que tinha tudo para terminar mal, como outras centrais que tiveram seu lugar de destaque na época em que o leite no Brasil sofria grande interferência do governo, com tabelamento da matéria-prima e produto final, déficit crônico (mesmo quando nosso consumo era muito menor) e importações controladas pelo governo.
Com efeito, após vender marca e fábricas, a CCGL dava indícios que faria parte dos livros, como a Paulista e outras que ficaram pelo caminho, impossibilitadas de competir em um ambiente de livre mercado.
Ledo engano. Em 2006, a empresa retomou seu projeto no leite, focando na produção de leite em pó em uma unidade nova, preparada para produzir com competitividade e com condições de exportar.
Conversando com os dirigentes da empresa, percebe-se que essa virada de mesa não se deu por acaso. A empresa entende que está em um mercado competitivo e que a cooperativa não pode ser ineficiente – precisa gerar resultados e remunerar seu associado de acordo com o mercado para continuar ganhando sua confiança. É uma visão distinta da que é passada por muitos dirigentes cooperativistas. Não raro, tenho visto nesses anos todos, modelos de negócio em que a cooperativa se sustentava às custas do cooperado, que acabava por subsidiar a ineficiência empresarial, o que, claro, não se sustentaria no tempo.
De forma análoga a CCGL, assistimos também a retomada das atividades industriais da Batavo, associada a Castrolanda, bem como outras cooperativas da região. Depois de vender a marca Batavo e fábricas, as cooperativas paranaenses aos poucos foram se reorganizando, reconstruíram suas unidades industriais, incorporaram outras cooperativas (Colaso, de Sorocaba, e a cooperativa de Avaré), e cruzaram a fronteira para construir mais uma unidade, em Itapetininga.
Duas histórias semelhantes de virada de mesa e reorganização das atividades, agora de forma mais competitiva e alinhada às características do mercado em que estão atuando e que conhecem bem.
É interessante notar que ambas as cooperativas têm como trunfo a proximidade com o seu cooperado e a busca pela eficiência na produção de leite. Nesse sentido, o exemplo da Castrolanda & cia é emblemático: é na região que está a maior concentração de leite com escala e qualidade do país. Apesar do desafio da CCGL nesse sentido ser maior, a qualidade do corpo técnico da empresa e a seriedade com que está estruturando seus serviços de extensão e pesquisa não deixam dúvidas de que faz a leitura correta do ambiente de negócios e que está na direção certa.
A CCGL tem uma longa história no leite gaúcho, história esta que tinha tudo para terminar mal, como outras centrais que tiveram seu lugar de destaque na época em que o leite no Brasil sofria grande interferência do governo, com tabelamento da matéria-prima e produto final, déficit crônico (mesmo quando nosso consumo era muito menor) e importações controladas pelo governo.
Com efeito, após vender marca e fábricas, a CCGL dava indícios que faria parte dos livros, como a Paulista e outras que ficaram pelo caminho, impossibilitadas de competir em um ambiente de livre mercado.
Ledo engano. Em 2006, a empresa retomou seu projeto no leite, focando na produção de leite em pó em uma unidade nova, preparada para produzir com competitividade e com condições de exportar.
Conversando com os dirigentes da empresa, percebe-se que essa virada de mesa não se deu por acaso. A empresa entende que está em um mercado competitivo e que a cooperativa não pode ser ineficiente – precisa gerar resultados e remunerar seu associado de acordo com o mercado para continuar ganhando sua confiança. É uma visão distinta da que é passada por muitos dirigentes cooperativistas. Não raro, tenho visto nesses anos todos, modelos de negócio em que a cooperativa se sustentava às custas do cooperado, que acabava por subsidiar a ineficiência empresarial, o que, claro, não se sustentaria no tempo.
De forma análoga a CCGL, assistimos também a retomada das atividades industriais da Batavo, associada a Castrolanda, bem como outras cooperativas da região. Depois de vender a marca Batavo e fábricas, as cooperativas paranaenses aos poucos foram se reorganizando, reconstruíram suas unidades industriais, incorporaram outras cooperativas (Colaso, de Sorocaba, e a cooperativa de Avaré), e cruzaram a fronteira para construir mais uma unidade, em Itapetininga.
Duas histórias semelhantes de virada de mesa e reorganização das atividades, agora de forma mais competitiva e alinhada às características do mercado em que estão atuando e que conhecem bem.
É interessante notar que ambas as cooperativas têm como trunfo a proximidade com o seu cooperado e a busca pela eficiência na produção de leite. Nesse sentido, o exemplo da Castrolanda & cia é emblemático: é na região que está a maior concentração de leite com escala e qualidade do país. Apesar do desafio da CCGL nesse sentido ser maior, a qualidade do corpo técnico da empresa e a seriedade com que está estruturando seus serviços de extensão e pesquisa não deixam dúvidas de que faz a leitura correta do ambiente de negócios e que está na direção certa.
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