Esta parte do Centro de São Paulo, famosa pelo comércio, já teve cais, foi centro de distribuição de mercadorias e bairro da comunidade árabe. Hoje abriga também muitas lojas de chineses.
São Paulo - Nas vésperas de datas comemorativas, como Natal e Dia das Crianças, a região da Rua 25 de Março recebe mais de um milhão de pessoas em um único dia. Dias assim podem ser exceção, mas aquela região do Centro da cidade não fica vazia. Afinal é ali que estão alguns dos preços mais baixos para tecidos, bijuterias e brinquedos entre muitos outros artigos.
Ladeira Porto Geral tinha cais
Desde o fim do século 19, a região recebeu imigrantes sírios e libaneses, muitos deles cristãos ortodoxos perseguidos. A região se tornou reduto da comunidade árabe, que hoje dá nome a muitas ruas daquele entorno, como Cavalheiro Basílio Jafet, Jorge Azem e Praça Ragueb Chofi.
Pesquisadora da região e autora do mestrado “Pelos caminhos de São Paulo: a trajetória dos sírios e libaneses na cidade”, Juliana Mouawad Khouri afirma que a vinda dos imigrantes ao Brasil foi resultado de fugas motivadas por perseguição política, religiosa, miséria e fome.
“Eles se instalaram ali porque o aluguel era barato, porque havia uma estação de trem ali perto e porque havia um mercado público no qual se abasteciam para vender seus produtos como mascates. Os imigrantes que chegaram depois ficavam nos mesmos condomínios que eles, havia uma colaboração para que se adaptassem e aprendessem a língua. Havia prédios em que todos os moradores eram de uma mesma cidade síria ou libanesa”, diz Khouri.
Entreposto comercial
Dono de uma loja de perfumes e diretor da União dos Lojistas da 25 de Março (Univinco), Sérgio Zahr afirma que os antigos mascates vendiam seus produtos em grandes malas e que nelas havia sobretudo tecidos. Khouri afirma que, à medida que esses comerciantes prosperavam, eles abriam lojas relacionadas ao ramo em que já atuavam, como o de tecidos.
Se por um lado os imigrantes batizaram algumas ruas da região, o nome 25 de Março, que faz referência à data da primeira Constituição do Brasil, promulgada em 1824, foi “adotado” pela comunidade para comemorar a data da comunidade árabe em São Paulo.
O sucesso da região como centro de comércio tem diversas explicações. Ainda no começo do século 20, o Rio Tamanduateí passava ali e, na esquina da Rua 25 de Março com a Ladeira Porto Geral, havia um cais por onde chegavam mercadorias. Zahr afirma que o comércio se popularizou porque em uma das inundações frequentes na região um dos comerciantes que teve seus tecidos danificados abaixou os preços para desencalhar aquela mercadoria. Os outros comerciantes decidiram encharcar seus tecidos para não ficar atrás da concorrência.
A rua hoje atrai clientes e empresários de todo o País. Ou de todo o mundo. Afinal, muitos dos comerciantes que hoje atuam ali são chineses. Outros têm ascendência síria e libanesa. Uma parcela menor é formada por brasileiros sem origem árabe e por coreanos. O perfil das lojas também mudou. Antes a maior parte delas vendia para o atacado e concentrava o comércio em tecidos. “Atualmente quase não há vendedores de atacado. A grande maioria vende para o varejo”, diz Zahr. Além disso, a variedade de produtos é outra. Hoje, é possível comprar quase tudo na Rua 25 de Março
“Eles se instalaram ali porque o aluguel era barato, porque havia uma estação de trem ali perto e porque havia um mercado público no qual se abasteciam para vender seus produtos como mascates. Os imigrantes que chegaram depois ficavam nos mesmos condomínios que eles, havia uma colaboração para que se adaptassem e aprendessem a língua. Havia prédios em que todos os moradores eram de uma mesma cidade síria ou libanesa”, diz Khouri.
Entreposto comercial
Dono de uma loja de perfumes e diretor da União dos Lojistas da 25 de Março (Univinco), Sérgio Zahr afirma que os antigos mascates vendiam seus produtos em grandes malas e que nelas havia sobretudo tecidos. Khouri afirma que, à medida que esses comerciantes prosperavam, eles abriam lojas relacionadas ao ramo em que já atuavam, como o de tecidos.
Se por um lado os imigrantes batizaram algumas ruas da região, o nome 25 de Março, que faz referência à data da primeira Constituição do Brasil, promulgada em 1824, foi “adotado” pela comunidade para comemorar a data da comunidade árabe em São Paulo.
O sucesso da região como centro de comércio tem diversas explicações. Ainda no começo do século 20, o Rio Tamanduateí passava ali e, na esquina da Rua 25 de Março com a Ladeira Porto Geral, havia um cais por onde chegavam mercadorias. Zahr afirma que o comércio se popularizou porque em uma das inundações frequentes na região um dos comerciantes que teve seus tecidos danificados abaixou os preços para desencalhar aquela mercadoria. Os outros comerciantes decidiram encharcar seus tecidos para não ficar atrás da concorrência.
A rua hoje atrai clientes e empresários de todo o País. Ou de todo o mundo. Afinal, muitos dos comerciantes que hoje atuam ali são chineses. Outros têm ascendência síria e libanesa. Uma parcela menor é formada por brasileiros sem origem árabe e por coreanos. O perfil das lojas também mudou. Antes a maior parte delas vendia para o atacado e concentrava o comércio em tecidos. “Atualmente quase não há vendedores de atacado. A grande maioria vende para o varejo”, diz Zahr. Além disso, a variedade de produtos é outra. Hoje, é possível comprar quase tudo na Rua 25 de Março
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