Brasília (9/11/2015) - A Arábia Saudita pôs fim ao embargo à carne bovina
in natura brasileira. A medida foi oficializada nesta segunda-feira (9) durante reunião
entre a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e CEO da
Autoridade Saudita de Alimentos e Medicamentos (SFDA), Doutor Mohammed
Al-Meshal, que assinaram novo modelo de Certificado Sanitário Internacional.
Com a abertura, o setor estima que o Brasil tem potencial para exportar 50 mil
toneladas de carne bovina ao ano, com valor estimado em US$ 170 milhões. O
decreto, de acordo com o CEO, será publicado nesta segunda-feira pelo Reino
da Arábia Saudita, levantando o embargo imediatamente. O país suspendeu a compra
de carne bovina brasileira em 2012, após um caso atípico de doença da vaca louca, em
2012.
O fim do embargo à carne brasileira representa abertura não apenas do mercado saudita,
mas de todos os países do Golfo. Somente a Arábia Saudita comprou, em 2014,
US$ 355 milhões do produto, o que equivale a quase 100 mil toneladas. O valor
representa 10% de tudo o que o Brasil exporta em carne bovina, que soma
1,1 milhão de toneladas anualmente.
“Este é um momento muito importante para o Brasil, é motivo de comemoração”,
afirmou a ministra durante a reunião da sede da SFDA, elogiando o papel
decisivo do embaixador do Brasil na Arábia Saudita, Flavio Marenga, durante as
negociações.
Parceria
O Mapa pretende colocar fim a todos os embargos à carne brasileira. “A Arábia Saudita
era um dos últimos países que nos faltava. O último será o Japão, onde deveremos
abrir o mercado para nossa carne processada”, disse a ministra.
Mohammed Al-Meshal destacou a prosperidade da agricultura brasileira e agradeceu a
parceria. “Dependemos dos alimentos de vocês, precisamos de vocês. A abertura do
mercado de carnes é bom para o Brasil, mas também é muito bom para a Arábia e
para nossa população”, enfatizou o CEO.
Kátia Abreu afirmou que o próximo passo é expandir a venda de produtos brasileiros que
já têm acesso ao mercado saudita e explorar novos itens, como frutas, mel e
arroz. A perspectiva do governo árabe é reduzir a produção própria de grãos para
evitar consumo de água na agricultura.
“Já somos os maiores fornecedores de frango, café e açúcar da Arábia Saudita e agora
teremos uma grande oportunidade de negócios para o Brasil, ao reforçar a venda
de grãos para esse mercado”, observou a ministra.
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