Brasília (23/02/2016) - Os governos do Brasil e México anunciaram a conclusão
das negociações para o reconhecimento mútuo da cachaça e da tequila para
proteger a denominação de origem dos dois produtos. Isto significa que a cachaça
vendida no México só poderá levar no rótulo o nome da bebida for brasileira. O mesmo
valerá para a tequila mexicana comercializada no Brasil.
Ao reconhecer a indicação geográfica das aguardentes, o chamado Acordo
Cachaça-Tequila assegura a proteção dos dois países contra a concorrência desleal de
produtos que queiram se beneficiar indevidamente da reputação dessas bebidas.
“O acordo contribui também para a expansão do reconhecimento mundial da cachaça
e da tequila como indicações geográficas do Brasil e do México”, disse a secretária de
Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo.
Em 2015, segundo dados do Conselho Regulador da Tequila, o valor das exportações de
bebida mexicana ao Brasil alcançou a cifra de US$ 8 milhões (1,3 milhões de
litros). Em contrapartida, as exportações de cachaça ao México totalizaram apenas
US$ 65 mil (40 mil litros).
As negociações foram concluídas durante a III Comissão Binacional Brasil-México,
que está ocorrendo na Cidade do México. Para entrar em vigor, o Acordo
Cachaça-Tequila ainda depende da assinatura dos dois países. As regras serão
estabelecidas conforme os procedimentos legais previstos pelos governos de Dilma
Rousseff e Enrique Peña Nieto.
O texto também prevê um grupo de trabalho para tratar de assuntos como o uso
indevido das denominações cachaça e tequila.
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