Redação Portal IMPRENSA | 18/02/2016 14:00
O jornalista palestino Mohammed al Qiq, 33 anos, está à beira da morte após 88 dias em greve de fome em protesto à sua prisão administrativa feita por Israel.
Crédito:reprodução
Mohammed al Qiq, 33 anos, está à beira da morte após 88 dias em greve de fome
Segundo o G1, o jornalista perdeu a capacidade de falar e 60% de suas faculdades de audição, conforme declarou seu advogado, Jawad Boulus, que já tinha afirmado em 25 de janeiro que seu cliente pode morrer a qualquer momento.
Correspondente de um canal saudita, Qiq foi detido em sua casa em Dura (Ramallah) em novembro passado e colocado em prisão administrativa - uma figura legal que permite a Israel deter palestinianos sem acusação ou julgamento por períodos de seis meses renováveis por tempo indeterminado.
Meios de comunicação locais têm transmitido com regularidade imagens de Mohammed muito magro, sem forças, com dores e perdas de consciência. A sua imagem também tem sido usada em fotografias e cartazes utilizados em protestos diários realizados em diversas cidades da Cisjordânia em que os manifestantes clamam por uma solução para o caso.
A Anistia Internacional, União Europeia e representantes da ONU pediram a Israel para apresentar acusações formais ou libertar não apenas o jornalista, mas também os 690 palestinos que se encontram em cadeias israelitas sob prisão administrativa.
"A nossa exigência é a de que seja colocado em liberdade e possa escolher onde e como quer viver", disse o seu advogado, depois de recusar, esta semana, a proposta do Supremo Tribunal israelita de que Mohammed fosse transferido do hospital de Afula (Israel) para um de Jerusalém Leste, em vez de para um em Ramallah, como reclama.
Mohammed al Qiq, pai de dois filhos e casado com uma colega de profissão, iniciou a greve de fome como forma de contestar as condições da sua detenção que, segundo informou sua esposa, incluíam maus-tratos e se sustenta em acusações de incitação à violência e de suposta ligação ao Hamas, a mesma pela qual foi detido há oito anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário