quinta-feira, 10 de março de 2016

Assentada gaúcha que produz com agroecologia é exemplo da atuação feminina

Publicado dia 10/03/2016
Em um hectare de seu lote Geri planta verduras e cria animais - Foto: Ascom Incra/RS
 
A produção sem agrotóxicos é uma das inúmeras formas de participação feminina na reforma agrária no Rio Grande do Sul. Esse é o caso de Geri Adriani de Vargas, do assentamento Viamão, localizado no município de mesmo nome, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Geri é exemplo da atuação feminina destacada pelo Incra, nesta semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
 
Filha de agricultores desprovidos de terras, ela sempre acompanhou a busca familiar por uma área desde a infância. Aos onze anos, em 1985, esteve com os pais no acampamento Encruzilhada Natalino, em Pontão, e mais tarde quando eles foram assentados em Eldorado do Sul. 
 
Geri conta que, desde então sempre trabalhou na agricultura até conseguir formar, em Educação Física, a primeira filha, Tatiane. Em 2013, assumiu o lote em Viamão, junto com o marido Rodinei e os três filhos. Irrequieta, a agricultora conversa, caminha e arranca ervas daninhas enquanto apresenta a área de moradia e subsistência, de cerca de um hectare, onde mantém uma diversidade de frutas, verduras e criações.
 
Canteiros de alface, almeirão roxo (radite), rúcula, tempero verde e couve convivem com pequenas lavouras de batata-doce, mandioca e capim-elefante utilizado para alimentar os animais. “Produzo só o que eu como, por isso não semeio berinjela”, brinca a assentada. 
 
Com apoio da assistência técnica contratada pela Superintendência Regional do Incra/RS e executada pela Cooperativa de Trabalho em Serviços Técnicos Ltda (Coptec), a família já testou várias modalidades de irrigação para superar as fases de estiagem e está sempre investindo para aumentar a produtividade. A exigência é não utilizar agrotóxicos. “É o jeito que sabemos fazer horta. Não aprendi a produzir comida com veneno”, alega Geri. A mesma premissa vale para os oito hectares de várzea do lote, onde Rodinei produz arroz orgânico em regime coletivo com os vizinhos. 
 
A comercialização dos hortigrangeiros é feita por meio de venda direta e fornecimento para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Atualizado em 10/03 às 14h20
 
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