quarta-feira, 9 Março, 2016 - 14:30
Como parte da agenda de mobilização do Dia Internacional da Mulher, representantes do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) estão, em Brasília, na marcha de luta pelos seus direitos. E nesta quarta-feira (9), o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, a diretora de Políticas para Mulheres Rurais (DPMR/MDA), Célia Watanabe, e o assessor especial do ministro Nilton Tubino receberam algumas mulheres do movimento.
Entre as solicitações do grupo está a ampliação de políticas públicas direcionadas às mulheres, como os quintais produtivos, o fomento e a comercialização. O ministro Patrus destacou que a meta para este ano é beneficiar 100 mil mulheres assentadas com o crédito instalação Fomento Mulher, potencial recurso para implantação dos quintais produtivos. “Estamos trabalhando para inserir os quintais produtivos no Plano Safra da Agricultura Familiar. Sabemos que o momento não é fácil, mas temos boas estratégias de trabalho. Queremos trabalhar a questão dos quintais produtivos, da compra direta e das agroindústrias”, ressaltou.
Outra pauta apresentada pelas trabalhadoras é relacionada à reforma previdenciária. De acordo com a representante do MMC de Santa Catarina, Noeli Taborda, segundo dados do site da previdência, 40% dos benefícios atendem questões de doença e 12% são voltados para aposentadoria. “A gente percebe que esse modelo de sociedade está deixando as pessoas muito doentes. E 12% é um número muito pequeno, para se avaliar que o aumento da idade para se aposentar vai fazer alguma diferença. No que diz respeito às mulheres, precisamos levar em consideração a tripla jornada de trabalho feita. Que vai além do trabalho na roça, tem o cuidado com a família e com o meio ambiente. Então, não podemos ter esse retrocesso”, afirmou.
Célia Watanabe garantiu que o MDA vai defender os direitos adquiridos pelas mulheres, em um grupo de trabalho que discutirá a reforma, bem como em outros diálogos interministeriais. “Estamos nos inserindo na rodada de diálogos e vamos discutir a questão previdenciária, na perspectiva do direito das mulheres, para garantir as conquistas”, explicou.
O Movimento
O MMC representa mulheres trabalhadoras rurais camponesas, quilombolas, ribeirinhas, quebradeiras de coco, pescadoras artesanais, assentadas, acampadas, indígenas e mulheres do campo, das águas e das florestas.
Tássia Navarro
Ascom/MDA
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