quarta-feira, 25 de maio de 2016

Histérico e descontrolado, Temer grita e bate na mesa durante reunião com parlamentares aliados



O presidente interino, Michel Temer, fez nesta terça-feira (24) um discurso exaltado em que afirmou que sabe governar, não é "coitadinho" e já "tratou com bandidos" quando foi secretário de Segurança Pública de São Paulo.

"Tenho ouvido: 'Temer está muito frágil, coitadinho, não sabe governar'. Conversa! Fui secretário de Segurança duas vezes em São Paulo e tratava com bandidos", afirmou batendo com uma das mãos sobre a mesa. "Então eu sei o que fazer no governo", completou.

De perfil calmo e bastante discreto, Temer surpreendeu os parlamentares da base aliada que se reuniram com ele no Palácio do Planalto para discutir medidas econômicas e a votação no Congresso da nova meta fiscal.

Para responder as críticas que seu governo tem sofrido da oposição, de que comete erros e recuos constantes, o presidente interino disse que sua equipe não tem que ter compromisso com erros. E explicou: "Quando houver equívoco, tem que rever a posição. Se fizer [o equívoco], conserta-lo-ei".

Após reunião com Temer, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) foi questionado por jornalistas se Temer se referia à classe política ou aos movimentos sociais quando fez referência aos "bandidos" que tratou em sua gestão como secretário de segurança, na década de 1980 e 1990.

Segundo Geddel, Temer se referia "à pressão que enfrentou no período" e, portanto, "não cabe novas ilações".

"Ele [Temer] já enfrentou problemas e tem estofo para aguentar qualquer tipo de pressão com diálogo e firmeza, sem violência. Ele está absolutamente preparado para enfrentar as pressões que o cargo impõe", disse o ministro.

Desde que tomou posse, na sexta-feira (13), Temer tem sofrido críticas por declarações de ministros que precisou rever, como por exemplo a do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que propôs uma nova forma de escolha para procurador-geral da República. Temer desautorizou o aliado.

Além disso, ele foi criticado por ter extinguido e depois recriado o Ministério da Cultura, por não ter nomeado nenhuma mulher para seu ministério, entre outras.

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