"Houve uma grande redução de áreas plantadas, até em função da super safra em anos anteriores. Para quem não tinha contrato com fábricas, o preço na época ficou abaixo das expectativas dos produtores, isso desestimulou muitos deles e refletiu agora, com a falta de fruto e o alto preço do pouco que tem", afirmou o Diretor de Operações da Trop Frutas, Marcos Leonardo Miranda.
Miranda diz que os produtores não estão conseguindo abastecer as indústrias. A previsão da indústria era de processar na safra, de novembro a julho, 10 mil toneladas. Com a situação atual, a previsão é de processar cerca de 20% desse total. "Estamos em um momento delicado. Temos compromissos com os clientes e vamos ter dificuldade para atender. Se o produtor tivesse apostado na cultura, agora iria ganhar muito dinheiro. O maracujá que tem está sendo disputado pelas indústrias, que estão pagando caro para ter o produto", diz o diretor da Trop.
Para tentar melhorar a situação, as fábricas estão procurando firmar parcerias. A Secretaria de Agricultura e o Sebrae fizeram recentemente um diagnóstico da cultura. No dia 05 de junho, a Trop irá se reunir com os associados da Cooperativa de Produtores Rurais de Jaguaré (Coopruj), importante fornecedor da fruta, para definir o preço do maracujá da próxima safra. "Esperamos motivar os produtores para reverter a situação e ter oferta suficiente de maracujá no mercado. Nos próximos meses, a situação não deve melhorar", destacou Miranda.
Joyce Azevedo
Redação Campo Vivo
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