As políticas de austeridade aplicadas hoje na União Europeia para enfrentar a crise financeira só agravam e eternizam o problema em lugar do resolver, assegurou aqui o economista equatoriano Pedro Páez.
Diário Liberdade
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O superintendente do controle do poder do mercado no país sul-americano declarou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve ter abundante literatura sobre seus próprios fracassos, como para propor de novo as mesmas receitas do passado.
Em entrevista a esta agência em ocasião de uma visita a França, Páez afirmou que o caso da Grécia demonstra uma vez mais a inviabilidade das medidas de ajuste experimentadas já durante décadas na América Latina.
"Desde 2007 e graças ao impulso do presidente de Venezuela, Hugo Chávez, abriu-se um horizonte interessantíssimo para desenvolver uma nova arquitetura financeira regional baseada em três pilares fundamentais, um novo banco de desenvolvimento, uma nova moeda e uma alternativa ao FMI", precisou Páez.
O coração de todo este projeto, destacou, é o Banco do Sul, por meio do qual se rompe com a dependência das entidades de crédito e se põe em primeiro plano a soberania continental em matéria de alimentação, educação, infraestrutura e formas de produção diferentes à lógica capitalista.
Estas iniciativas consolidam-se com a criação de organismos como a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América e a União de Nações Sul-americanas.
Agora, com a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, temos a possibilidade de trabalhar em diferentes ritmos geográficos, econômicos e políticos com um objetivo comum, explicou.
Trata-se de modelos de integração diferentes aos existentes na Europa porque estão encaminhados a resolver os problemas dos povos e não os das grandes corporações, concluiu Páez.
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