quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Indústria de café enfrenta desafio da inovação



Valor - Carine Ferreira

A indústria brasileira de café torrado e moído, representada pela Abic, precisa investir na qualidade, inovação, programas de certificação para enfrentar a concorrência de outros produtos, como sucos e outras bebidas. A avaliação é do diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz.

Segundo pesquisa da Kantar Worldpanel, enquanto a penetração do café no consumo doméstico permaneceu elevada (95%) em 2012, mas estável, outros produtos ou categorias novas cresceram acima de 20%, como o suco pronto (25%) e bebidas à base de soja (29%).

Com outros concorrentes e o crescimento da utilização de monodoses e cápsulas, mercado ainda dominado por multinacionais, a Abic está trabalhando para melhorar a competitividade da indústria nacional e quer ajudar o setor a se “recapitalizar” por meio de programas especiais para pequenas empresas, com o apoio do Sebrae, investimentos na qualidade e em programas de certificação, além de capacitação e aproximação com o BNDES.

De 2005 a 2010, conforme Herszkowicz, a indústria de café se descapitalizou diante da estabilidade do preço do grão (matéria-prima) e sem a possibilidade de repassar reajustes ao produto final, ao mesmo tempo em que os custos subiam. Mas na sua avaliação, a indústria ainda vive um momento crítico. No ano passado, houve uma alta de 18% no preço final do café torrado e moído como repasse das fortes valorizações da matéria-prima em 2011.

CNC Café

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