Folha de São Paulo
VAIVÉM
09/03/2013
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br
O produtor de café volta a viver dias agitados, devido às dificuldades de mercado. Os problemas vão de elevação de custos à queda de preços.
Essas dificuldades passam também pela convivência com informaçõesdesencontradas no setor, o que torna difícil a tomada de decisões.
A avaliação é de João Lopes Araújo, presidente da Assocafé (Associação de Produtores de Café da Bahia).
Entre as informações desencontradas, ele inclui as pesquisas de safra. Elas melhoraram, mas ainda não têm muito a ver com a realidade.
No ano passado, falava-se nos menores estoques de café da história e produção de 51 milhões de sacas.
O volume de café que já circulou por indústrias, exportadores e consumidores ultrapassa esse patamar e todo dia aparece mais café no mercado, diz Lopes, que é produtor na Bahia há 42 anos.
"Não quero criar polêmica com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento e órgão responsável pela avaliação da safra), mas temos de fazer uma correção de rumo."
Uma previsão errada de safra custa caro para o produtor, que perde o momento melhor de vender e, consequentemente, o valor mais adequado para o produto, diz.
Lopes pretende colocar em discussão o assunto no tradicional encontro de produtores na Agrocafé, um simpósio que se realizará em Salvador a partirda segunda-feira.
Há uma forte preocupação dos produtores, também, com a seca que afeta os cafezais. "Nesses 42 anos de produção na Bahia, nunca vi uma seca tão forte", diz ele.
Mesmo tendo uma safra prejudicada pelo clima, os produtores continuam recebendo menos pelo café.
Na avaliação do presidente da Assocafé, o produtor está frustrado. O setor vai aproveitar esse momento do simpósio para pedir ao governo preços mínimos de R$ 340 para a saca de arábica e R$ 180 para a de conillon.
Além disso, espera uma linha de financiamento para indústrias e exportadores, além da realização de leilões tipo Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural).
Se não houver um freio nessa queda de preços, o valor do produto irá cada vez mais ladeira abaixo, com um impacto muito grande na renda e na capacidade de investimentos dos produtores, afirma ele.
09/03/2013
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br
O produtor de café volta a viver dias agitados, devido às dificuldades de mercado. Os problemas vão de elevação de custos à queda de preços.
A avaliação é de João Lopes Araújo, presidente da Assocafé (Associação de Produtores de Café da Bahia).
Entre as informações desencontradas, ele inclui as pesquisas de safra. Elas melhoraram, mas ainda não têm muito a ver com a realidade.
No ano passado, falava-se nos menores estoques de café da história e produção de 51 milhões de sacas.
O volume de café que já circulou por indústrias, exportadores e consumidores ultrapassa esse patamar e todo dia aparece mais café no mercado, diz Lopes, que é produtor na Bahia há 42 anos.
Uma previsão errada de safra custa caro para o produtor, que perde o momento melhor de vender e, consequentemente, o valor mais adequado para o produto, diz.
Há uma forte preocupação dos produtores, também, com a seca que afeta os cafezais. "Nesses 42 anos de produção na Bahia, nunca vi uma seca tão forte", diz ele.
Mesmo tendo uma safra prejudicada pelo clima, os produtores continuam recebendo menos pelo café.
Além disso, espera uma linha de financiamento para indústrias e exportadores, além da realização de leilões tipo Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural).
Se não houver um freio nessa queda de preços, o valor do produto irá cada vez mais ladeira abaixo, com um impacto muito grande na renda e na capacidade de investimentos dos produtores, afirma ele.
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