quarta-feira, 9 de março de 2016

Assentados maranhenses comercializam produção em Feira Agroecológica e Solidária

Publicado dia 04/03/2016

Produtos locais, livres de agrotóxicos e de transgênicos, com preços justos e acessíveis, produzidos de forma coletiva. Esses foram os itens comercializados na Feira Agroecológica e Solidária realizada na tarde da terça-feira (01) e na manhã da quarta-feira (02), no centro da capital maranhense, São Luís. O evento contou com a participação de agricultores, na maioria mulheres, de cinco assentamentos do Incra no Maranhão.
Nas barracas montadas na Praça Deodoro, os clientes encontraram produtos variados, entre hortaliças (cheiro verde, vinagreira, maxixe, pimentas), frutas (acerola, coco, banana, limão, milho, melancia), feijão, farinhas de mandioca, arroz, artesanatos e doces. A maior parte, oriunda de áreas cultivadas em assentamentos com acompanhamento da assistência técnica ofertada pelo Incra/MA.
A feira foi organizada pela Associação Agroecológica Tijupá – empresa contratada pela superintendência regional da autarquia para prestar serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater) a oito assentamentos maranhenses – em parceria com o Fórum Estadual da Economia Solidária do Maranhão (FEESMA).
Participaram agricultores dos assentamentos Rio Pirangi, São João do Rosário, Tingidor, Tauá/Santa Terezinha e Pedra Suada, dos municípios maranhenses de Morros, Rosário, Presidente Juscelino e Cachoeira Grande.
Alice Cantanhede, moradora no assentamento São João do Rosário, foi uma das que marcou presença, assim como faz nas feiras da economia solidária realizadas três vezes por mês no município de Rosário, onde se localiza a área de reforma agrária. “Sou agricultora e feirante”, disse, ao se identificar, mostrando os produtos expostos em sua barraca.
Importância
De acordo com a técnica do contrato de Ater Incra/Tijupá Caroline Sena, as feiras são importantes instrumentos para apoiar a autonomia econômica das mulheres, fortalecer os empreendimentos produtivos e gerar renda para as famílias. “O Maranhão tem produção”, garantiu, ao falar da necessidade de uma melhor organização dos produtores, citando as feiras como alternativa para essa carência.
É a segunda vez que a Feira da Economia Solidária é realizada na Praça Deodoro, espaço central de São Luís. De acordo com Caroline Sena, para a realização desses eventos, principalmente fora dos municípios, são necessários, além de muito trabalho, recursos financeiros.
Segundo a técnica, o contrato de Ater tem dado oportunidade e condições para que as feiras aconteçam. “Sem o contrato com o Incra não teríamos como custear transportes dos agricultores e toda a logística necessária para as feiras”, afirmou. No entanto, a trabalho da assistência técnica, realizada pela Associação Agroecológica Tijupá, já busca meios de tornar esses eventos autossustentáveis, tendo em vista o término do contrato com o Incra, em 2017. “Os agricultores precisam caminhar com as próprias pernas. Esse é um dos trabalhos da assistência técnica”, falou.
A realização de feiras – associadas aos princípios da produção agroecológica e da economia solidária – como atividade prevista nos contratos de Ater, visa promover a inclusão das famílias da reforma agrária e da agricultura familiar nos espaços de comercialização, preparando-as para a autogestão produtiva, econômica e social, conforme destacou a coordenadora da Ater do Incra/MA, Laurilene Muniz.
Ela ressaltou, ainda, a importância da participação das mulheres nesse processo.  “Dos assentamentos da região atendidos com Ater e com o trabalho da Tijupá, aproximadamente 120 mulheres estão envolvidas no processo de comercialização, por meio das feiras agroecológicas e do fornecimento de produtos para a alimentação escolar a partir da participação nas chamadas públicas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)”.

Assessoria de Comunicação Social do Incra/MA
(98) 3245-9394 - ramal: 247
ascom@sls.incra.gov.br
http://www.incra.gov.br/ma

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