terça-feira, 3 de maio de 2016

Mais brasileiros com acesso à alimentação adequada

PAA

Com um único investimento, o governo federal compra alimentos da agricultura familiar e ainda atende a população em situação vulnerável
Publicado em 03/05/2016 18h26
Sergio Amaral/MDS
Brasília – Como garantir uma alimentação saudável e de qualidade à população vulnerável e ao mesmo tempo fortalecer os agricultores familiares? A resposta veio com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), em 2003. O programa se consolidou como um importante instrumento de promoção da segurança alimentar e nutricional e de garantia do direito humano à alimentação adequada.
Até 2015, foram 4,7 milhões de toneladas de alimentos adquiridos da agricultura familiar, totalizando R$ 6,4 bilhões em investimentos. No Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff na terça-feira (3), estão destinados mais R$ 500 milhões para serem investidos no PAA.
Com o mesmo recurso aplicado, além de apoiar a produção, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) ainda distribui alimento a quem mais precisa. Anualmente, em média, 20 mil entidades socioassistenciais e unidades de segurança alimentar e nutricional, como bancos de alimentos, restaurantes populares e cozinhas comunitárias, recebem alimentos do PAA para o atendimento da população em vulnerabilidade social e nutricional.
O PAA é uma conquista social do Brasil. Fortalece a renda e a organização da agricultura familiar, que é quem produz a maior parte dos alimentos consumidos diariamente no Brasil, e põe comida na mesa de quem mais precisa. A ação uniu ações de combate à pobreza rural e segurança alimentar. A grande inovação foi comprar alimentos do agricultor e entregar para a população vulnerável. São alimentos locais distribuídos na mesma região, dentro da cultura alimentar de cada localidade.
“A partir de 2003, a agricultura familiar passou a ser considerada como um eixo prioritário para o desenvolvimento do país. Uma série de ações foi desenvolvida pelo governo federal. Dentre elas, as compras públicas têm cumprido importante papel na inclusão social dos mais pobres, no desenvolvimento local e na valorização da produção de alimentos saudáveis e sustentáveis”, afirma o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos.
As aquisições são feitas de forma simplificada e segura, por meio de chamadas públicas, o que agiliza a compra dos agricultores familiares e incentiva a produção. Exemplo disso é o crescimento da participação das mulheres como fornecedoras do programa. Em 2015, elas representaram 40% dos agricultores – em 2012, as mulheres eram 29% do total. 
Também vem sendo ampliada a participação dos agricultores familiares mais pobres. Em 2012, 45% dos fornecedores estavam inscritos no Cadastro Único para Programas do Governo Federal. Em 2015, esse número subiu para 63%.
Ao longo de sua execução o programa já esteve presente em 3.238 municípios. Nessas cidades, o programa contribuiu para dinamizar as economias rurais de milhares de municípios, apoiando canais de comercialização e reforçando estruturas locais de abastecimento alimentar. O Nordeste foi a principal região com maior participação no PAA, 50% dos agricultores familiares.
O coordenador geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Marcos Rochinski, explica que o programa é importante para organizar o processo produtivo dos agricultores familiares, além de garantir a inclusão deles no mercado. “Nós vamos continuar defendendo o PAA. O que defendemos é a ampliação do programa, para que mais agricultores possam acessá-lo.”
Para aperfeiçoar ainda mais o PAA, em 2012 foi criada uma nova modalidade. A Compra Institucional ampliou as possibilidades de mercado, ao permitir que órgãos públicos de administração direta ou indireta, de governos federal, estaduais ou municipais,  comprem, de forma segura e simplificada,  a produção dos agricultores familiares para abastecer equipamentos públicos, como universidades, hospitais, quartéis e penitenciárias. Por meio desta modalidade, já foram adquiridos R$ 107,6 milhões de alimentos.
Por meio do Decreto n° 8.473/2015, a presidenta Dilma Rousseff fortaleceu ainda mais as compras da agricultura familiar. A legislação torna obrigatório que órgãos da administração pública federal comprem, no mínimo, 30% dos gêneros alimentícios diretamente deles – um mercado potencial de mais de R$ 2,7 bilhões em todo o país, segundo levantamento feito pelo MDS e pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Um caso de sucesso
O PAA foi um dos primeiros programas sociais desenvolvidos no Brasil com a colaboração do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), reinstalado também em 2003, após oito anos desativado. Desde então o Consea exerce o controle social do PAA, contribuindo para o seu aperfeiçoamento e apontando as falhas e problemas que precisam ser corrigidas.
A experiência bem-sucedida do PAA alcançou reconhecimento internacional como modelo de compra pública, sendo difundida, por meio de cooperação, em diversos países da África e da América Latina.
Atualmente, seis modalidades atendem as especificidades tanto do público que fornece, quanto do que recebe os alimentos: Compra com Doação Simultânea, Doação Direta, Sementes, Formação de Estoque, Incentivo à Produção de Leite e Compra Institucional.
Informações sobre os programas do MDS
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