quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A NOSSA CASA

A NOSSA CASA
Na vida da gente a nossa casa é e será sempre o nosso melhor local para o acolhimento. Falo de experiências próprias. Quando ocorre um desentendimento, um planejamento que não deu certo e o stress do dia a dia, queremos voltar para nossa casa. Mas esta volta a casa tem como base a realidade de encontrarmos uma casa organizada, bem administrada e em paz. Mas também é normal os desentendimentos e as dúvidas. É aqui que avançamos, quando usamos o diálogo, o debate e uma meta comum a todos.
Há quase 40 anos acompanho o movimento cooperativista capixaba. Vi avanços, desastres, boas intenções, sonhos e conflitos. Vi tudo isto em tempos de turbulência política e econômica, com inflação diária galopante.
Mas sempre que o diálogo e o debate entre os interessados prevaleceram, as metas individuais e coletivas levaram a garantia de poder permanecer na atividade. O sucesso de uma cooperativa é a soma de todos, não importa o tamanho da produção de cada. O que vale de fato é produzir bem, com eficiência e competência, de forma a garantir a continuidade.
Nos dias atuais existe uma necessidade urgente de se ter uma maior produtividade por área e por animal. É a eficiência que irá garantir o retorno financeiro no bolso do produtor. Produzir não difícil, o difícil é continuar produzindo todos os dias. É neste ponto que a informação para o produtor tem vital importância. Mas é preciso dizer que o produtor tem de estar predisposto a aceitar e praticar novas práticas.
Outro ponto importante no setor cooperativista é o processamento da produção após a porteira. Uma produção constante e de qualidade, por parte do produtor, é condição para se chegar ao mercado. Mas temos de ter administradores que ao manipularem a produção tenham consciência e certeza de que haverá retorno e continuidade. A necessidade de novas informações para o produtor é real e é preciso ter vias que as levem até ele. A comunicação precisa de ser alimentada constantemente e ter uma estrada para chegar ao produtor. Mas é preciso que a estrada que vai até o produtor tenha condições para trazer informações de volta.
O desafio grande e difícil, mas se fosse pequeno e fácil, já estaria resolvido e não seria desafio. É preciso união e determinação em torno da causa comum, o cooperativismo. Muitas vezes o sacrifício de hoje é o futuro mais tranqüilo. Quantas tempestades a Selita enfrentou e ainda continua de pé e sendo exemplo e referencia para o setor rural.
texto publicado no boletim da Selita  737, dezembro de 2011

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