quarta-feira, 2 de maio de 2012

O PROTETOR DO CONILON NÚMERO 1 – versão 2


Ninguém discute a importância do café conilon para a economia do Espírito Santo: da geração de trabalho e renda, até a sua evolução em termos de pesquisas desenvolvidas. Mas no caso do conilon é preciso fazer o registro da participação do produtor Eduardo Glazar, de São Gabriel da Palha, que até recentemente exercia mandatos políticos.
 Quando prefeito de São Gabriel da Palha, Eduardo Glazar, numa atitude silenciosa e produtiva, preparou milhares de mudas de conilon e as distribuiu, nesta fase os dirigentes do Instituto Brasileiro do Café (IBC) pretendiam ignorar o café conilon. Eduardo Glazar não permitiu.
Com a sua voz mansa e com a sua maneira simples de agir, Eduardo Glazar deu muito ao Espírito Santo. Hoje são milhares de pessoas que vivem do café conilon, tiram dele o seu sustento e a sua permanência no campo e nas cidades do interior. O sucesso incontestável do setor comercial de exportação dos capixabas (aqui estão sediadas as maiores e mais importantes exportadoras de café do Brasil), tem relacionamento direto com o café conilon que Eduardo Glazar cuidou como se cuida de um filho ainda jovem.
Na época que era proibido discordar das decisões tomadas nos gabinetes refrigerados, ele soube dizer não. Mas com grande competência soube trabalhar pela sua idéia de que o café o conilon era uma boa alternativa.
Se os técnicos do IBC trabalharam na pesquisa do café conilon e chegaram até a muda clonal de alta produtividade e logo em seguida o produtor Vanderlino Bastos colocou estas mudas à disposição dos produtores, a marca de Eduardo Glazar veio antes. Se com o fim do IBC os técnicos da Emcapa puderam dar um passo importante, ao colocarem a disposição da sociedade capixaba o conilon com colheita precoce, intermediária e tardia, antes teve o trabalho de Eduardo Glazar.
A Gazeta,25 de julho de 1994.

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