quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Chile: 150 mil estudantes voltam às ruas


Chile: 150 mil estudantes voltam às ruas

Mais de 150 mil pessoas participaram, terça-feira, de uma nova manifestação em Santiago a favor da educação pública, gratuita e de qualidade. Mobilização já dura há mais de um ano e pesquisa mostra que estudantes têm mais credibilidade que o governo. Com o apoio da Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), estudantes querem mudanças radicais no sistema educacional que ainda se rege pelas políticas instauradas pela ditadura de Augusto Pinochet e é um dos mais caros e desiguais do mundo.

Mais de 150 mil pessoas participaram, terça-feira, de uma nova manifestação em Santiago a favor da educação pública, gratuita e de qualidade. Mobilização já dura há mais de um ano e pesquisa mostra que estudantes têm mais credibilidade que o governo.

A manifestação ocorreu num dia de greve geral de estudantes que exigem do governo conservador do presidente Sebastián Piñera uma resposta às exigências de mudança radical de um sistema educacional que ainda se rege pelas políticas instauradas pela ditadura de Augusto Pinochet e é um dos mais caros e desiguais do mundo.

A mobilização teve o apoio do Colégio de Professores e da Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), a maior central sindical do país.




A vice-presidente da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile (Fech), Camila Vallejo, destacou o apoio de outros setores às reivindicações estudantis: “Sabemos que só os estudantes não vão conseguir as mudanças; por isso, que bom que esteja aqui a CUT!” E acrescentou que a luta não é só pelas mudanças no sistema educativo, mas que também defende a recuperação total do país, em benefício de todos.

Já o presidente da Coordenadora Nacional dos Estudantes Secundários (Cones), Moisés Paredes, recordou que muitos estudantes do ensino médio mantêm ocupados institutos pelo país. “De certa forma, o movimento está a radicalizar-se e a exercer pressão sobre o governo para que se fale das nossas propostas, e vamos continuar a levantar as nossas bandeiras até que o governo nos escute”.

Estudantes têm mais credibilidade que o governo
A manifestação de terça mostra que o movimento, que começou em maio do ano passado, não abrandou. Uma das razões, de acordo com uma sondagem do Centro de Estudos Públicos do Chile (CEP), é que os estudantes têm mais credibilidade que o governo, o Congresso e os partidos políticos.

“Os estudantes foram os primeiros a protestar contra a ditadura de Pinochet nos anos 80”, recorda Claudia Sanhueza, especialista em Políticas Públicas da Universidade Diego Portales.

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