S investirá R$ 12 milhões em atenção materno-infantil
O Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), lançou, nesta quinta-feira (30) aRede Bem Nascer, iniciativa que tem o objetivo de diminuir, até 2015, o índice de mortalidadematerno-infantil no Estado para níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), comaporte de R$ 12 milhões em 20 maternidades regionais capixabas. Durante o evento, que contou com a presença do governador Renato Casagrande, foi promovida uma palestra com o professor e teólogoLeonardo Boff.O lançamento da Rede Bem Nascer foi formalizado com a assinatura do termo de adesão ao programa entre representantes das maternidades que funcionarão como referência no Estado e ogovernador, em companhia do secretário de Estado da Saúde, José Tadeu Marino, dos prefeitos de São Gabriel da Palha Raquel Lessa e de Santa Teresa Gilson Amaro, dos deputados estaduais Cláudio Vereza e Luzia Toledo, além de demais autoridades.
“A saúde é uma das nossas prioridades de Governo e, superando a burocracia e fortalecendo também a atenção primária, vamos seguir buscando a excelência no atendimento à nossa população. O Espírito Santo cresce economicamente e é necessário partilhar esses frutos com todos os capixabas, em todas as regiões. Por acreditar nisso, temos a premissa de buscar os mais necessitados, aqueles que não têm acesso ao Estado e ofertar-lhes os serviços, porque essa é a primeira ação de um Governo, despertar os cidadãos para os seus direitos. Queremos segurança para a gestante, para os nascidos e para as nossas crianças, queremos sempre é fazer mais para quem mais precisa”, destacou o governador Casagrande.
Equipe
O secretário parabenizou os esforços da equipe envolvida na Rede Bem Nascer e ressaltou a importância da iniciativa para cuidar da saúde de mães e filhos. “Quero parabenizar toda a equipe da Sesa que contribuiu desde o começo para a elaboração desse programa, considerado um projeto estratégico. O objetivo é, na essência, cuidar das pessoas, essa é a parte importante”, disse Marino.Embora o Espírito Santo tenha um dos menores índices de mortalidade materno-infantil do Brasil, o secretário ressaltou que a meta do programa é diminuir essa taxa ainda mais. “Queríamos que esse índice fosse zero, mas é impossível. Vamos trabalhar dentro da menor margem possível, considerando os parâmetros internacionais da Organização Mundial da Saúde”, salientou.
Para que o programa alcance seu objetivo, Marino destacou a preocupação em descentralizar o atendimento. “Estamos trabalhando com a estratégia da descentralização. Selecionamos 20 maternidades em cada região de saúde do Estado para que possam proporcionar assistência humanizada na região onde mora a paciente. Como pediatra há 30 anos, é com muita alegria que participo do lançamento da Rede Bem Nascer, que dá hoje o primeiro passo de uma longa caminhada que tenho certeza será de sucesso”, concluiu.
O coordenador da Rede Bem Nascer, Ary Célio de Oliveira, destacou que as parcerias foram importantes para a construção do programa. “O Espírito Santo vem discutindo desde 2008 essa política, que é também egressa dos municípios e da discussão com entidades médicas, e hoje é lançada pelo Governo do Estado. Ela chega para suprir um anseio muito grande da sociedade capixaba, por isso é considerada uma prioridade pelo Governo. Essa é uma realidade que vamos mudar, tenho certeza”.
O evento também contou com a presença dos subsecretários da Secretaria de Estado da Saúde, Geraldo Queiroz, Aloísio Calve e Fábio Benezath, além de técnicos da Sesa, lideranças políticas, prefeitos e representantes da rede municipal de saúde, entre demais convidados.
A Rede Bem Nascer
Mais de 85% dos óbitos materno e infantil poderiam ser evitados por meio do acesso adequado aos serviços de saúde com qualidade garantida no pré-natal, no parto e no atendimento do recém-nascido. A Rede Bem Nascer foi criada para superar esses obstáculos, por meio de uma estratégia que prevê uma série de ações na assistência a esse público-alvo, abrangendo desde o pré-natal até os primeiros cinco anos de vida da criança.Para atingir essa meta, a Rede Bem Nascer organizará os serviços de forma integrada de acordo com os níveis de complexidade – desde a atenção básica até a terciária. Essas ações estão descritas na cartilha que será distribuída. Um dos pontos principais da iniciativa é o investimento de recursos estaduais em projetos prioritários, um deles visa a melhoria da ambiência e humanização do atendimento nas maternidades.
Será disponibilizado um total de R$ 12 milhões para melhorias em 20 maternidades (veja lista abaixo) de alto risco, risco habitual ou ambas, que serão referência para cada uma das quatro regiões de saúde do Estado (Norte, Central, Metropolitana e Sul). O recurso será alocado de acordo com a necessidade de cada unidade, desde que abranjam adequação de estrutura física e aquisição de equipamentos hospitalares.
Índices
A taxa de mortalidade infantil aceitável segundo a OMS é de no máximo 10 óbitos para cada mil nascimentos. Embora seja menor que a média nacional, o índice de mortalidade infantil capixaba em 2010 e 2011 ficou em 11,90 para cada mil nascimentos. A meta é diminui-lo para 9,26 até 2015.O coeficiente de mortalidade materna registrado no Espírito Santo em 2010 foi de 59,49 óbitos para cada 100 mil nascidos, número que caiu para 58,19 em 2011. Com a implantação da Rede Bem Nascer, espera-se também diminuir essa incidência, até 2015, para no máximo 34 mortes para cada 100 mil partos.
Palestra
Durante o evento de lançamento da Rede Bem Nascer, foi ministrada uma palestra com teólogo, professor e escritor, Leonardo Boff, com o tema “Valorização da Vida e do Nascimento”. Boff é reconhecido pela sua atuação em prol dos direitos humanos dos pobres e excluídos.Graduado em filosofia e teologia e fez doutorado nessas duas áreas na Alemanha. Lecionou em várias universidades do Brasil e do exterior. Nas décadas de 70 e 80 participou da coordenação de diversas publicações. É um dos expoentes da Teoria da Libertação.
Maternidades
Região Norte
- Hospital e Maternidade São Mateus – Risco habitual
- Hospital São Marcos (Nova Venécia) - Risco habitual
- Hospital Estadual Rita de Cássia (Barra de S. Francisco) – Risco habitual
Região Central
- Fundação Hospitalar e Maternidade São Camilo (Aracruz) – Risco habitual
- Fundação Beneficente Rio Doce (Linhares) – Alto risco
- Maternidade São José (Colatina) – Alto risco
- Santa Casa de Misericórdia de Colatina – Risco habitual
Região Metropolitana
- Associação Congregação Santa Catarina/Hospital Madre Regina Protmann (Santa Teresa) – Risco habitual
- Maternidade Municipal de Cariacica – Risco habitual
- Fundação Hospitalar e Assistência Social de Domingos Martins - Fhasdomar – Risco habitual
- Hospital Padre Máximo (Venda Nova do Imigrante) – Risco habitual
- Associação Beneficente Pró-Matre (Vitória) – Risco habitual
- Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves – Himaba (Vila Velha) – Alto risco
- Hospital Estadual Dório Silva (Serra) – Alto risco
- Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Vitória) – Alto risco
Região Sul
- Santa Casa de Guaçuí – Risco habitual
- Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim- Risco habitual
- Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim – Alto risco
- Hospital São Judas Tadeu (Guarapari) – Risco habitual
- Hospital Menino Jesus (Itapemirim) – Risco habitual
Informações à Imprensa: Assessoria de Comunicação da Sesa Alessandra Fornazier/Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn Texto: Marcos Bonn marcosbonn@saude.es.gov.br Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776 asscom@saude.es.gov.br Assessoria de Comunicação Governo do Espírito Santo Rodolfo Harckbart Tel.: 27 - 9945 7534 rodolfo.leal@seg.es.gov.br
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