– 30 DE AGOSTO DE 2012
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Paiol, que é parte da história cultural da cidade, esteve a ponto de virar estacionamento. Mutirões participativos (e abertos) estão convertendo-o em eco-teatro sustentável, para espetáculos e debates
No BaixoCentro
O Teatro Paiol é um marco na história cultural paulistana. Apareceu ali na região do centro um ano antes da construção do Minhocão e sofreu as amarguras da degradação causada pelo engodo de concreto.
O site São Paulo Antiga visitou o espaço e conta um pouco da história do lugar: “A proposta do Teatro Paiol era encenar somente peças de autores brasileiros, apoiando e difundindo a cultura brasileira e para a inauguração foi escolhida a peçaFlor da Pele, estrelada por Consuelo de Castro e dirigida por Flávio Rangel. Entretanto, com a dificuldade de se investir somente em peças de autores nacionais, Salles e Mehler decidiram finalmente abrir espaço às produções internacionais e optaram por iniciar com a obra Abelardo e Heloisa, de Ronal Millaar. Porém o palco ainda não possuia urdimento cênico e para isso foi necessária uma grande reforma, reconstruindo o palco e disponibilizando um urdimento de 9 metros de altura e mais três andares de camarim. Com isso, o Paiol tornava-se o primeiro teatro paulistano de pequeno porte a contar com urdimento.”
O teatro quase amargou a história comum para empreendimentos no centro: estava com uma proposta de uma incorporadora para comprar o espaço e demolí-lo para construir um… estacionamento! Sim, o teatro quase foi vendido para virar um lugar para parar carros. Por fim, o negócio minguou e há uma ocupação atuando lá para transformar o espaço em um lugar sustentável.
Como diz o evento no Facebook, “O teatro está desativado desde 2007 e hoje uma equipe de permacultores, inovadores e idealistas querem torná-lo o primeiro EcoTeatro Sustentável de São Paulo. Estão previstos os seguintes trabalhos de bio-reforma:
- Tratamento das águas cinzas com biofiltro
- Aquário para criação de carpas
- Teto verde – que será uma Ágora Comida – para intervenções e sede para palestras e cursos do Instituo Cio da Terra.
- Revestimento com calficite, ar condicionado natural
- Técnicas geotérmicas
- Isolamento acústico
- Aproveitamento de energia solar
- ativação de um café-bar cultural com pista de dança.”
- Aquário para criação de carpas
- Teto verde – que será uma Ágora Comida – para intervenções e sede para palestras e cursos do Instituo Cio da Terra.
- Revestimento com calficite, ar condicionado natural
- Técnicas geotérmicas
- Isolamento acústico
- Aproveitamento de energia solar
- ativação de um café-bar cultural com pista de dança.”
Há vários workshops acontecendo nos dias de semana a partir das 9h. É só chegar junto e ajudar a reestruturar o teatro. Quem participar integralmente, terá certificação em PDC parcial e em oficinas permaculturais.
Agora, por que o teatro está tão focado em sustentabilidade? O ator Marcelo Mendez Tomaz, agora responsável pelo Paiol, fez uma parceria com o Instituto Cio da Terra para reocupar o espaço. Aparentemente, além de programação teatral normal, o espaço será usado para palestras e oficinas do instituto.
Serviço: Teatro Paiol – Rua Amaral Gurgel, 164 – próximo ao metrô República
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