segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Espanha corta vagas, mas ritmo da contração deve diminuir


Espanha corta vagas, mas ritmo da contração deve diminuir

Por Assis Moreira | Valor
GENEBRA - O numero de desempregados na Espanha continuou a subir em janeiro. Agora, porém, certos analistas notam que a pesquisa sobre a atividade econômica dá sinais de melhora e o ritmo de contração deverá diminuir. Para o banco francês BNP Paribas, a Espanha pode mesmo sair da recessão até o fim do ano.
O problema, porém, é agora a crise politica institucional, com o próprio chefe de governo, Mariano Rajoy, acusado de ter recebido dinheiro ilegal quando dirigia o Partido Popular. Os socialistas pedem a demissão do governo, alegando que as denuncias de corrupção causam problema para a estabilidade de que necessita a Espanha e que o primeiro-ministro não tem mais legitimidade suficiente para governar.
Em janeiro, aumentou em 132 mil o numero de espanhóis desempregados. A taxa fechou em 26% no fim de 2012. Mas analistas notam que o ritmo de crescimento do desemprego desacelerou desde novembro.
O setor da construção parece ter se estabilizado e o desemprego no setor cresceu apenas 0,5% de dezembro a janeiro. Em base anual, houve queda.
Mais desemprego pesa nos salários, que terminaram em dezembro com 6,7% de queda em relação ao ano anterior.
Combinado com forte dívida privada e o colapso nos preços de imóveis, a renda disponível das famílias não pode suportar a demanda doméstica.
Mas o BNP Paribas nota que as exportações espanholas estão crescendo, se beneficiando de ganhos de produtividade. No terceiro trimestre, aumentaram 12%, mais do que no período antes da crise.
Apesar da forte depressão na produção e no mercado de trabalho, a expectativa é em todo caso de que a contração vai diminuir de ritmo ao longo do ano e a Espanha “pode mesmo registrar ganhos no fim de 2013”.
Na zona do euro, a taxa de dezembro foi de 11,7% em dezembro, estável comparado a novembro, anunciou hoje a União Europeia. São 25,9 milhões de pessoas desempregadas na UE, sendo 18,7 milhões nos 17 países que usam a moeda comum europeia.
Entre os países membros, as menores taxas de desemprego estão na Áustria (4,3%), Alemanha e Luxemburgo (5,3%) e na Holanda (5,8%), enquanto as maiores estão na Grécia (26,8% em outubro) e na Espanha (26%).


© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico.

Leia mais em:
http://www.valor.com.br/internacional/2994712/espanha-corta-vagas-mas-ritmo-da-contracao-deve-diminuir#ixzz2JxVvr1qn

Nenhum comentário:

Postar um comentário