Meeting em Inovação em Alimentos para a Saúde reúne principais interessados em mudar o mercado gastronômico gaúcho
Tamanho da Letra
Texto: Rodrigo W. Blum
Imagens: Christiaan van Hattem
Imagens: Christiaan van Hattem
E se o setor alimentício da economia gaúcha mudasse para melhor, com incentivo da produção e indústria local com inovação, para que a mesa do consumidor fosse repleta de produtos saudáveis? Essa foi a proposta do VI Meeting em Inovação em Alimentos para a Saúde. Em uma parceria entre o Insituto Tecnológico em Alimentos para a Saúde da Unisinos (ITT Nutrifor), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-Fiergs), Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção de Investimento (AGDI) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o evento reuniu, no centro de eventos da Fiergs, os principais atores que poderão modificar o mercado e a indústria alimentícia no estado.
Para isso, a programação, que se estendeu durante a manhã e a tarde de segunda (26/11) colocou frente a frente, em palestras e mesas redondas, a universidade e a pesquisa em alimentação saudável, com o Nutrifor, os empresários que estão desenvolvendo os primeiros produtos inovadores de mercado, os empreendedores, que já tem a ideia na cabeça, e os agentes financiadores, com o Banrisul, o Banco de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Badesul) e a AGDI, além dos orientadores, com o Senai. “O objetivo desse encontro é aproximar todas essas partes para que a inovação na alimentação seja desenvolvida em nosso estado, estimulando a economia local e levando mais saúde para as pessoas”, explica Denise Ziegler, coordenadora do Nutrifor.
Cerca de 100 inscritos acompanharam as palestras e cases, fazendo perguntas e trocando cartões de visitas. “As empresas querem crescer, mas não sabem como. Para isso precisam de recursos que nem sempre são financeiros, mas vêm na forma de orientação e conhecimento, coisas que podem fazer toda a diferença no crescimento de um negócio”, colocou Eliana Dienstmann, da AGDI, durante a mesa redonda Como fazer para desenvolver o conceito na empresa. De acordo com Denise Ziegler, o Brasil é, atualmente, o segundo maior produtor de alimentos do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos. No entanto, não ocupa a mesma posição no quesito indústria de alimentos. “Para isso é necessário agregar valor ao produto, industrializado aqui. Para isso, o instituto busca trabalhar junto com as empresas para transformar o nosso estado uma espécie de vale do silício do alimento”, coloca Denise.
A atividade desse ano teve como temática o movimento Slow Food, que busca agregar qualidade e sabor, incentivando a produção local. Alexandre Baggio, professor do instituto, ministrou a palestra sobre o assunto. Já a professora Daiana de Souza, falou sobre uma nova tendência de mercado que atualmente está fazendo sucesso na Europa e Estados Unidos: o Clean Label (rótulos limpos), produtos mais naturais, com baixo índice de componentes químicos e conservantes. “Essa é uma tendência que aqui no Brasil tem uma alta procura pelos consumidores e um alto potencial para as empresas”, diz Daiana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário